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Juremir Machado da Silva
Uma historinha da Legalidade
O jornalista Flávio Tavares, que organizara uma edição de oito páginas da engajada Última Hora ali no subsolo, o imenso Ney Brito, chefe da Casa Civil, e o jovem comunista Norberto Silveira, em algum momento, choraram. Tudo ficava para trás, inclusive as malandragens para resistir. Conta-se, como faz o próprio Tavares, que ele tivera a ideia de ligar para o arcebispo Scherer, imitando a voz do general Machado Lopes, e depois a Lopes, imitando a voz de Dom Vicente Scherer, propondo um encontro entre eles para articular a paz, tendo daí resultado a conciliação, a passagem de Lopes para a Legalidade e tudo o que já se sabe, salvo se nada se sabe, sendo tudo apenas provável, mas não inquestionável nem definitivo, exceto, quem sabe, o chevrolet preto, modelo 1941, do arcebispo rumando lentamente para o quartel-general em busca da concórdia.
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