BLOG DE ACESSO DIÁRIO IRRESTRITO AOS COLEGAS PROFESSORES, JORNALISTAS, ESTUDANTES E PARTICIPANTES DO PROJETO "FACE A FACE COM O LAZER QUALIDADE DE VIDA"(acesse 7slides postagem de 2008, comando < ctr pagedown> ou < ctr end >), EM REDE ESCOLAR E DEMAIS LOCAIS DE DEBATE, CONEXÃO E TRANSVERSALIDADE, ENTRE OS QUAIS O NÚCLEO DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS/SEC/RS. VOCÊ É MAIS UM(a) MULTIPLICADOR(a), POSTURA PARTICIPATIVA !!!!!!!
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Debate: TORCIDAS ORGANIZADAS
http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/seminario/juventudesbrasileiras/cobertura/
sábado, 29 de outubro de 2011
Nunca deixe de Sonhar! - Livro e Palestras sobre Inclusão e Síndrome de Down: OLÁ AMIGOS!
Nunca deixe de Sonhar! - Livro e Palestras sobre Inclusão e Síndrome de Down: OLÁ AMIGOS!: EU VINÍCIUS ERGANG STREDA ESTOU ME SENTINDO MUITO EMOCIONADO E FELIZ PORQUE ERA MEU SONHO SER AUTOR DE UM LIVRO E HOJE ESTOU REALIZANDO O ME...
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
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HELDER XAVIER SIMÕES Cuba bloguerosrevolucion.ning.com (1)
HELDER XAVIER
CONVITE LANÇAMENTO CAMPANHA CONTRA AGROTÓXICOS
Olá amigos e amigas!
Segue convite para Lançamento da Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos e pela Vida:
Dia: 24 de outubro de 2011
Hora: 18h 30min
Local: Auditorio da Emater Rua Botafogo, 1051, bairro Menino Deus, esquina com a rua Érico Veríssimo
Maiores informações com Edmundo 51 9995 9611
Um abraço!
Beatriz Rosane Lang
Asssessora do Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos
Ministério Público Estadual/RS
51 3295 1141 - 9624 7438
Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida
Rio Grande do Sul lança Comitê Estadual
Depois dos Estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Sergipe, chegou a vez do Rio Grande do Sul realizar o lançamento do Comitê Estadual da Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida. Será na próxima segunda-feira, dia 24 de outubro, às 18h30min no auditório da Emater/RS, e será aberto ao público.
O evento se iniciará com a exibição do documentário “O agrotóxico está na mesa”, de Silvio Tendler. Na sequência, haverá a palestra da Prof. Dra. Magda Zanoni, bióloga e socióloga, que organizou, junto do francês Gilles Ferment, o livro Transgênicos para Quem? Agricultura, Ciência, Sociedade (MDA, Coleção NEAD Debate) lançado em 2011. Ao seu lado, irão compor a mesa, representantes da Via Campesina e da Emater/RS.
A campanha reúne mais de 30 entidades da sociedade civil brasileira, movimentos sociais, entidades ambientalistas, estudantes, organizações ligadas a área da saúde e grupos de pesquisadores. O principal objetivo é abrir um debate com a população sobre a falta de fiscalização no uso, consumo e venda de agrotóxicos, sobre a contaminação dos solos e das águas bem como denunciar os impactos dos venenos na saúde dos trabalhadores, das comunidades rurais e dos consumidores nas cidades. A partir da conscientização das pessoas sobre os malefícios provocados a partir do uso dos agrotóxicos, a campanha pretende ajudar na construção de formas de restringir o uso de venenos e de impedir sua expansão, propondo projetos de lei, portarias e iniciativas legais e jurídicas.
Outro campo de atuação da campanha é o anúncio da possibilidade de construção de outro modelo agrícola, baseado na agricultura camponesa e agroecológica. Através da Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida é possível acessar estudos que comprovam que essa forma de produzir é viável, produz em quantidade e em qualidade suficientes para abastecer o campo e a cidade. Assim, a proposta é avançar na construção destas experiências que são a única saída para esse modelo imposto que concentra riquezas, expulsa a população do campo e produz pobreza e envenenamento. Produzir alimentos saudáveis com base em princípios agroecológicos, em pequenas propriedades, com respeito à natureza e aos trabalhadores é a única forma de acabar com a fome e de garantir qualidade de vida para as atuais e futuras gerações.
O Comitê Estadual da Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida vai também auxiliar na criação e ampliação de comitês municipais - como já ocorre em Pelotas, dentre outros municípios - planejar atividades de formação e distribuição de material informativo. O Comitê gaúcho já congrega: Amigos da Terra Brasil; Cáritas; Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS); Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA); Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Rio Grande do Sul (CONSEA RS); Comissão Pastoral da Terra (CPT); Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER/RS); Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB); Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul (FTM/RS); Fundação Luterana de Diaconia (FLD); Grupo de Agroecologia (GAE/UFPe); Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá); Levante Popular da Juventude; Movimento de Mulheres Camponesas (MMC); Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA); Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH); Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ-RS); Núcleo de Economia Alternativa (NEA/UFRGS); União Rastafari de Resistência Ambiental (URRAmbiental); Via Campesina.
Prato envenenado
O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial do consumo de agrotóxicos. Mais de um milhão de toneladas de venenos foram jogados nas lavouras em 2010, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola.
Com a aplicação exagerada de produtos químicos nas lavouras do país, o uso de agrotóxicos está deixando de ser uma questão relacionada especificamente à produção agrícola e se transforma em um problema de saúde pública e preservação da natureza.
O consumo de agrotóxicos cresce de forma correspondente ao avanço do agronegócio, modelo de produção que concentra a terra e utiliza quantidades crescentes de venenos para garantir a produção em escala industrial.
Desta forma, o uso excessivo dos agrotóxicos está diretamente relacionado à atual política agrícola do país, que foi adotada a partir da década de 1960. Com a chamada Revolução Verde, que representou uma mudança tecnológica e química no modo de produção agrícola, o campo passou por uma “modernização” que impulsionou o aumento da produção, mas de forma extremamente dependente do uso dos pacotes agroquímicos [adubos, sementes melhoradas e venenos].
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), na última safra foram vendidos mais de 7 bilhões de dólares em agrotóxicos. Todo este mercado se concentra nas mãos de apenas seis grandes empresas transnacionais, que controlam mais de 80% do mercado dos venenos. São elas: Monsanto; Syngenta; Bayer; Dupont; DowAgrosciens e Basf.
Nesse quadro, os agrotóxicos já ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações. Ficam atrás apenas dos medicamentos, acidentes com animais peçonhentos e produtos de limpeza. Essas fórmulas podem causar esterilidade masculina, formação de cataratas, evidências de mutagenicidade, reações alérgicas, distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos, pulmonares, no sistema imunológico e no sistema endócrino, ou seja, na produção de hormônios, desenvolvimento de câncer, dentre outros agravos à saúde
A palestrante
Magda Zanoni, é professora da Universidade de Paris Diderot, onde foi pesquisadora de 1978 a 1990 no Laboratoire d’Ecologie Génerale et Appliquée; tem mestrado em Ecologia Fundamental pela Universidade de Paris-Orsay e em Ciências Sociais do Desenvolvimento pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (Paris); é doutora em Sociologia do Desenvolvimento pela Universidade de Paris I-Sorbonne. Atuou no Instituto Agronômico do Paraná e Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná, e esteve cedida ao NEAD/MDA pelo Ministério francês do Ensino Superior e da Pesquisa no período de 2003-2009. Atualmente, e desde 1998, é pesquisadora do laboratório “Dynamiques Sociales et Recomposition des Espaces” (Centro Nacional de Pesquisa Científica CNRS, França).
Serviço
O que: lançamento do Comitê Estadual da Campanha
Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida
Quando: dia 24/10; segunda-feira; 18h30min
Onde: Emater/RS-Ascar, rua Botafogo, 1051, bairro Menino Deus,
esquina com a rua Érico Veríssimo
Contato: campanha-contra-agrotoxicos-rs@grupos.com.br
--
Federação Riograndense da Terceira Idade - FRITID
Galeria Malcon - Rua dos Andradas, 1560/16º - Centro - Porto Alegre - RS, 90026-900
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A campanha reúne mais de 30 entidades da sociedade civil brasileira, movimentos sociais, entidades ambientalistas, estudantes, organizações ligadas a área da saúde e grupos de pesquisadores. O principal objetivo é abrir um debate com a população sobre a falta de fiscalização no uso, consumo e venda de agrotóxicos, sobre a contaminação dos solos e das águas bem como denunciar os impactos dos venenos na saúde dos trabalhadores, das comunidades rurais e dos consumidores nas cidades. A partir da conscientização das pessoas sobre os malefícios provocados a partir do uso dos agrotóxicos, a campanha pretende ajudar na construção de formas de restringir o uso de venenos e de impedir sua expansão, propondo projetos de lei, portarias e iniciativas legais e jurídicas.
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Magda Zanoni, é professora da Universidade de Paris Diderot, onde foi pesquisadora de 1978 a 1990 no Laboratoire d’Ecologie Génerale et Appliquée; tem mestrado em Ecologia Fundamental pela Universidade de Paris-Orsay e em Ciências Sociais do Desenvolvimento pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (Paris); é doutora em Sociologia do Desenvolvimento pela Universidade de Paris I-Sorbonne. Atuou no Instituto Agronômico do Paraná e Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná, e esteve cedida ao NEAD/MDA pelo Ministério francês do Ensino Superior e da Pesquisa no período de 2003-2009. Atualmente, e desde 1998, é pesquisadora do laboratório “Dynamiques Sociales et Recomposition des Espaces” (Centro Nacional de Pesquisa Científica CNRS, França).
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Internet, BRASIL e o MARCO CIVIL: debate na ONU
INFORMÁTICA
20/10/2011 - 12:10
Brasil vai a Nova Iorque falar sobre Marco Civil da Internet
PL busca compatibilizar avanços das novas tecnologias com o reconhecimento de direitos dos cidadãos (Foto: Sxc.Hu - arquivo)
A experiência brasileira de elaboração do projeto de lei que define direitos e responsabilidades no uso da web, o chamado Marco Civil da Internet, será apresentada durante a 66ª Assembléia Geral da ONU, em Nova Iorque. Na sexta-feira representantes da Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça participarão do painel Internet Access for All? (Acesso à Internet para todos?), organizado pelo embaixador da Suécia para Direitos Humanos na ONU, no âmbito do Terceiro Comitê da Assembléia Geral, que trata de temas sociais, humanitários e culturais.
Segundo o governo, "o Marco Civil da Internet foi elaborado de forma inovadora, diferentemente do processo legislativo tradicional: construído em conjunto com a sociedade, a partir de debates realizados na própria internet". O projeto de lei busca compatibilizar os avanços das novas tecnologias com o reconhecimento de direitos dos cidadãos, a definição clara das responsabilidades dos diversos intermediários na prestação de serviços relacionados à rede e a definição de premissas para as políticas públicas para a área.
- O processo de construção colaborativa do Marco Civil da Internet mostrou que as novas ferramentas tecnológicas são um instrumento essencial para o fortalecimento da participação social na condução de políticas públicas e na elaboração legislativa - avalia o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira. O resultado final do processo, em sua opinião, apresentou posição inovadora e equilibrada para a regulamentação do tema.
Além de representantes do Ministério da Justiça do Brasil, estarão presentes ao debate integrantes de empresas, de organizações internacionais e dos governos da Suécia, Holanda e Noruega para tratar de questões relacionadas ao acesso à internet.
A consulta à sociedade para a construção do Marco Civil foi realizada pela Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça em parceria com a Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas e com a colaboração da Coordenação de Cultura Digital do Ministério da Cultura. O website http://culturadigital.br/marcocivil, lançado em outubro de 2009 para hospedar os debates, recebeu mais de 4 mil contribuições de cidadãos e de instituições. O resultado da construção colaborativa foi enviado pela Presidência da República à Câmara dos Deputados em agosto deste ano, na forma de projeto de lei (PL 2.126/2011).
Essa não será a primeira vez que o Marco Civil da Internet será apresentado a outros países. Em 2010, foi tema abordado no III Diálogo Brasil - União Européia em Sociedade da Informação, em Bruxelas, na Bélgica, e também no workshop de melhores práticas mundiais do Fórum de Governança da Internet da ONU, em Vilnius, na Lituânia.
Consumidor do Rio terá direito a testar banda larga por sete dias
Governo de Goiás e Microsoft assinam acordo para tecnologia em escola pública
Microsoft quer popularizar produtos no Brasil: apostando no mercado brasileiro, empresa produzirá Xbox 360 mais barato no país
Proderj quer levar centros de tecnologia a todas as cidades
Governo quer parceria com lan houses para ampliar acesso à internet
Banda larga chega a quase metade das casas em municípios com TV a cabo
Banda larga: especialistas debatem qualidade em seminário da Telebrasil
Cardozo: Marco Civil da Internet não pretende limitar livre expressão
Claro vai oferecer Internet móvel a R$ 29,90 por mês
Banda larga: 18,3 milhões de novos acessos
Positivo: mais venda com Plano Nacional de Banda Larga
Número de acessos à banda larga ultrapassa os 45 milhões
"45 milhões em ação..." - Número de acessos à banda larga fixa e móvel ultrapassa 45,7 milhões
PNBL
Anatel começa a receber sugestões para melhorar qualidade da internet fixa
SindiTelebrasil: banda larga em cidades da Copa tem índice igual à Suécia
Regras para serviço de internet fixa ter qualidade
Direitos e deveres de usuários e prestadores de banda larga
Anatel quer percentual mínimo de entrega de velocidade para internet fixa
Bernardo diz que Brasil terá internet entre as três mais baratas no continente
Termo firmado com empresa de telefonia prevê internet a 5 Mps até 2015
Número de clientes de banda larga cresceu 49% em 12 meses
TIM adere ao programa de amplo acesso a internet: governo já estuda conceder subsídios
Adesão de operadora ao PNBL permite internet móvel a R$ 35
TIM paga US$ 1 bilhão pela Atimus
Ibope: 73,9 milhões têm acesso à internet no Brasil
Indústria entrega proposta mínima de banda larga a ministro Paulo Bernardo
Banda Larga a R$ 35 tem boa recepção junto ao mercado
Teles fixas devem oferecer Internet a R$ 35 em três meses
Deputados fluminenses pretendem difundir acesso à banda larga pelo Estado
Plano Nacional de Banda Larga ganha debate em reunião na Alerj
Acesso à banda larga cresce 53% em maio
"Loading... Loading... Loading..." - Entrada da internet no marco regulatório da comunicação ainda depende de avaliação
Número de acessos à internet por banda larga passou dos 40 milhões em abril
Ministro diz que país tem condições de dobrar acesso à internet em quatro anos
Marcelo Branco: proposta de regulamentação da internet está na Casa Civil
Anatel vai leiloar faixa de freqüência para telefonia fixa, móvel e banda larga
Bernardo: há atraso no serviço de internet banda larga em escolas públicas
Brasil já tem mais de 38 milhões de conexões em banda larga
Bernardo já admite subsidiar teles para banda larga popular
Anatel prorroga para junho vigência de contratos e metas de telefonia fixa
Rio Wireless 2011 acontece dias 27 e 28 de abril
Bernardo quer prioridade na votação do projeto do Fust no Congresso
Firjan: oferta de banda larga para empresas é regionalmente desigual no Brasil
Privatização das teles: tarifa alta e desindustrialização
Acessos à banda larga por telefonia móvel quase duplicam em um ano
Telefónica: R$ 1,27 bi por 70% das ações de minoritários da Vivo
Telebras e Eletrobras acertaram valor de uso da rede de fibras óticas no PNBL
Nova secretaria para acelerar plano de banda larga
Bndes define foco de atuação para fundo tecnológico de 2011
Positivo registra aumento de participação de 4,6 pontos percentuais no varejo
Positivo registra quase 2 milhões de PCs vendidos em 2010
Estados e municípios podem adquirir computador Positivo pelo Prouca
Brasil tem mais de 34 milhões de acessos a serviços de banda larga
Internet de alta velocidade em quatro anos para todos
Telebrás, Petrobras e Eletrobras usarão as redes de fibras óticas
Financiamento para banda larga terá fundo garantidor
Copel espera oferecer banda larga até o fim do ano
Bernardo pede planilha de custos de provedores para negociar PNBL
"Que fale agora ou cale-se para sempre..." Empresas interessadas em pontos de internet têm até hoje para enviar sugestões a edital
Plano de banda larga terá R$ 589 mi para levar internet rápida a 1.173 cidades
O que muda com o marco regulatório
Acionistas da Telebrás aprovam agrupamento
Telebrás foi a sétima maior baixa do mês de novembro
Inclusão digital: projeto para idosos e deficientes da Fundação CPqD recebe prêmio internacional
Sindicato entra com ação contra Telebras para impedir PNBL
Bastou saberem que existe concorrência: anúncio da volta da Telebrás já derruba preços. Teles vão à Justiça para barrar estatal
Governo promete cobrar de teles perdas do PNBL
Teles entram na Justiça contra Telebrás e Anatel
Telebras contrata empresa brasileira para fornecer equipamentos do PNBL
Telebras dá continuidade a pregão para contratação de equipamentos
A grana é curta para a banda larga
Ipea: Brasil precisa investir em TI para estimular desenvolvimento
Oi critica regulamentação do setor
Lucro da Net caiu 76% no trimestre
GVT lança banda larga a R$ 49,90
Vendas da Positivo Informática no terceiro trimestre frustra analistas
"Eu quero ter 1 milhão de amigos...": internet estará acessível a 2 bilhões de pessoas até o fim do ano
Argentina também terá sua Telebrás
Telebras adia leilão de compra de equipamentos para o plano de banda larga
Telebrás realiza primeiro pregão para banda larga
Banda larga para todos: Telebras abre consulta para compra de equipamentos da rede pública
Banda Larga "barata": Teles criticam lista de cidades feita pelo governo
Telebras levará internet rápida a Brasília e 116 cidades do SE e do NE
Embratel republica edital de OPA
Governo inicia estudos para alterar marco regulatório das telecomunicações
Telebrás marca AGE para criar estatuto e definir conselheiros
Telebrás deve começar a funcionar em 30 dias
Telebrás marca AGE para 3 de agosto
Banda larga: governo estende contrato para ter 107 mil pontos em órgãos públicos
Anatel fará consulta pública para rever avaliação da banda larga móvel
Banda larga: empresários criticam ampliação para 107 mil pontos em escolas
Comissão da Alerj analisa leis para criação de marco sobre uso da Internet
Senado entra na briga para oferta de banda larga
Plano de banda larga poderá ter R$ 6 bilhões até 2014
Inmetro fiscalizará qualidade da Internet banda larga
Lucro líquido da Net cai pela metade
Plano de banda larga prevê isenção tributária e financiamento para parceiros
Preço alto alija brasileiro do acesso à banda larga
Claro também pede tratamento privilegiado na banda larga
O disputado mercado de banda larga
Plano Nacional de Banda Larga deve ter participação da Telebras
Parceria entre governo e iniciativa privada na banda larga
Bernardo: atuação dos Correios em banda larga não é ideológica
Câmara pode votar projeto que garante internet em escolas públicas
Ministro da Educação diz que 45 mil escolas já têm conexão banda larga
Tesouro Nacional defende extinção da Telebrás
Bernardo: banda larga pode custar entre R$ 25 e R$ 35 por mês
Lula pressionará teles para expandir banda larga
Internetobras? Lula: se as empresas privadas não fizerem a banda larga, o estado fará
Banda larga só no ano que vem: Martins reforça papel da Telebrás, mas descarta implantação de plano em 2010
Eletrobrás: Eletronet não tem direito sobre rede de fibra ótica
Empresa Cidadã: ética e banda larga
O concorrido setor de telefonia
Quem ganhou com ações da Telebrás?
CVM abre inquéritos contra Telebrás
Fatos & Comentários: temores
Planos da Net para 2010: R$ 1 bi para crescer a base de clientes: investimentos são suficientes para a empresa defender suas posições de mercado
Lula quer Telebrás massificando a banda larga
Estatal da banda larga terá R$ 20 bilhões
PAC terá crédito para banda larga
Inclusão digital - Anatel: Cerca de 88% dos municípios brasileiros já têm infra-estrutura mínima para banda larga
Reunião discute internet grátis no Pavão/Pavãozinho-Cantagalo
IBGE: acesso à internet aumenta 75,3% em três anos
Ampliado programa que reduz custos de computadores por escolas públicas
Setor de tecnologia da informação teve ano positivo, avalia sindicato
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Escolas de Piraí vão ter 5.500 laptops conectados
Tecnologia nas escolas é tema de congresso em Brasília
Laptop do MEC não chega aos alunos
Governo anunciará em janeiro programa de banda larga
Net: previsão de até 1,8 milhão de potenciais de usuários com programa de SP
Skavruska!
Hélio Costa: governo quer garantir R$ 15 bilhões até 2014 para banda larga
Embratel quer governo na expansão da banda larga
Embratel defende parceria com governo para banda larga
Web: acesso em alta velocidade é baixo e custa caro no Brasil
Intenetobrás? Lula defende empresa estatal na banda larga
Ibope: internet é fonte confiável para 85% da elite
Ministério divulga propostas para marco regulatório na internet
Anatel: país terá 165 milhões de acessos à internet banda larga até 2018
Telefónica pode perder isenção de ICMS em programa popular de banda larga
Net lançará pacote de banda larga popular por R$ 29,80 em São Paulo
Banda larga pública deve atingir 29 milhões de domicílios
Telefónica: Speedy tem média de 2,3 mil vendas diárias
Telefónica vai à Anatel com pedido de compra da GVT
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Procon-SP abre cinco processos contra Telefónica por pane no Speedy
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Telefónica agora "opera" a bolsa
Telefónica atribui problema de ontem a oscilações na rede
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Liberou geral: depois de autorizada, Telefónica vende pelo menos R$ 1 milhão em assinaturas do Speedy em 4 dias
Gmail sai do ar
20/10/2011 - 12:10
Brasil vai a Nova Iorque falar sobre Marco Civil da Internet
PL busca compatibilizar avanços das novas tecnologias com o reconhecimento de direitos dos cidadãos (Foto: Sxc.Hu - arquivo)
A experiência brasileira de elaboração do projeto de lei que define direitos e responsabilidades no uso da web, o chamado Marco Civil da Internet, será apresentada durante a 66ª Assembléia Geral da ONU, em Nova Iorque. Na sexta-feira representantes da Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça participarão do painel Internet Access for All? (Acesso à Internet para todos?), organizado pelo embaixador da Suécia para Direitos Humanos na ONU, no âmbito do Terceiro Comitê da Assembléia Geral, que trata de temas sociais, humanitários e culturais.
Segundo o governo, "o Marco Civil da Internet foi elaborado de forma inovadora, diferentemente do processo legislativo tradicional: construído em conjunto com a sociedade, a partir de debates realizados na própria internet". O projeto de lei busca compatibilizar os avanços das novas tecnologias com o reconhecimento de direitos dos cidadãos, a definição clara das responsabilidades dos diversos intermediários na prestação de serviços relacionados à rede e a definição de premissas para as políticas públicas para a área.
- O processo de construção colaborativa do Marco Civil da Internet mostrou que as novas ferramentas tecnológicas são um instrumento essencial para o fortalecimento da participação social na condução de políticas públicas e na elaboração legislativa - avalia o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira. O resultado final do processo, em sua opinião, apresentou posição inovadora e equilibrada para a regulamentação do tema.
Além de representantes do Ministério da Justiça do Brasil, estarão presentes ao debate integrantes de empresas, de organizações internacionais e dos governos da Suécia, Holanda e Noruega para tratar de questões relacionadas ao acesso à internet.
A consulta à sociedade para a construção do Marco Civil foi realizada pela Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça em parceria com a Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas e com a colaboração da Coordenação de Cultura Digital do Ministério da Cultura. O website http://culturadigital.br/marcocivil, lançado em outubro de 2009 para hospedar os debates, recebeu mais de 4 mil contribuições de cidadãos e de instituições. O resultado da construção colaborativa foi enviado pela Presidência da República à Câmara dos Deputados em agosto deste ano, na forma de projeto de lei (PL 2.126/2011).
Essa não será a primeira vez que o Marco Civil da Internet será apresentado a outros países. Em 2010, foi tema abordado no III Diálogo Brasil - União Européia em Sociedade da Informação, em Bruxelas, na Bélgica, e também no workshop de melhores práticas mundiais do Fórum de Governança da Internet da ONU, em Vilnius, na Lituânia.
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Gov.RS TARSO F.H. Genro: Mídia quer instituir "JUSTIÇA PARALELA"
Tarso: grande mídia quer instituir “justiça paralela” no Brasil
Tarso palestrou em congresso contra a corrupção, organizado pelo Ministério Público. “Regredimos até uma situação que leva o Ministério Público à impotência e o Judiciário à irrelevância. É um fascismo pós-moderno” | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Igor Natusch
Em discurso na abertura de um congresso nacional contra a corrupção, organizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro criticou duramente nesta quinta-feira (20) o modo como a mídia conduz as discussões políticas no Brasil, em especial no que se refere à corrupção. “Criou-se um jornalismo de denúncia, que julga e condena. Usam a corrupção como argumento para dizer que as instituições não funcionam e tentar substituí-las”, afirmou Tarso. Dizendo que as campanhas contra a corrupção podem estar gerando o “ovo da serpente”, o governador gaúcho pediu que se reforce o poder das instituições, como forma de promover um efetivo combate a esse tipo de crime.
Tarso Genro começou falando sobre os recentes protestos contra o sistema financeiro que tomaram conta do mundo. Referindo-se aos manifestantes como “indignados”, o governador aproveitou para dar uma cutucada pouco sutil no grupo que pedia o fim da corrupção, sob o slogan “Agora Chega”. “Alguns jovens uniformizados cantaram em recentes protestos que ‘povo unido protesta sem partido’”, lembrou. “Para mim, isso é como dizer que povo com dor não precisa de promotor”, alfinetou, provocando desconforto em parte dos presentes.
O governador frisou que não defendia “teorias de conspiração” nem pregava a restrição de liberdade de imprensa. No entanto, durante a maior parte de sua fala, Tarso usou artilharia pesada contra os grandes grupos de mídia, aos quais acusou de tentar instituir uma “justiça paralela” no Brasil. Segundo ele, os grandes meios de comunicação se apropriaram do problema da corrupção e o usam para os próprios interesses, transformando um crime comum em crime político. “Atualmente, os casos mais graves são investigados pela mídia e divulgados dentro das conveniências dos proprietários dos grandes veículos”, disse Tarso. “Fazem condenações políticas de largas consequências sobre a vida dos atingidos, e tomam para si até o direito de perdão, quando isso se mostra conveniente”, disparou.
Essa justiça paralela, defendeu Tarso, se dá fora do âmbito do Estado e o esvazia. “Regredimos até uma situação que leva o Ministério Público à impotência e o Judiciário à irrelevância. É um fascismo pós-moderno”, descreveu. “É um juízo público, que faz vibrar a classe média ingênua e os adversários políticos do atingido da vez. Mas essas mesmas pessoas podem ser as próximas atingidas, dependendo de como se mover as disputas dentro dos meios de comunicação”.
De acordo com o governador, é justamente aí que reside o risco de tentar-se esvaziar os partidos políticos, eliminando seu papel de mediador entre os grupos sociais e o exercício do poder. “A corrupção não admite mediação”, frisou. E a grande mídia, de acordo com Tarso Genro, coloca a corrupção em primeiro plano nas discussões, deixando de lado problemas que ajudam a seguir existindo como a tutela financeira, as deficiências do sistema político brasileiro e a despreocupação com políticas sociais. O objetivo, afirma Tarso, é abalar a segurança política e a própria imagem das instituições. “Temos que reforçar as instituições e não enfraquecê-las. É o único modo de realmente combater a corrupção”, defendeu.
Em outro momento, o governador gaúcho apontou o suposto interesse de setores midiáticos em pressionar o Legislativo para a aprovação de leis de seu interesse, em especial as que propõem penas mais duras para criminosos. “Sem verdadeiro conhecimento, assumem o posto de especialistas, acabam formando uma criminologia empírica do poder midiático”, disse Tarso Genro. “Cada crime bárbaro ganha ampla projeção. O que reduzirá a criminalidade é a certeza de punição, não a aplicação de penas mais duras. Inúmeras pesquisas e estatísticas nos mostram isso”.
O congresso do MP, que lança a campanha “O que você tem a ver com a corrupção?”, segue nesta sexta-feira na sede do Ministério Público gaúcho, em Porto Alegre.
Tarso palestrou em congresso contra a corrupção, organizado pelo Ministério Público. “Regredimos até uma situação que leva o Ministério Público à impotência e o Judiciário à irrelevância. É um fascismo pós-moderno” | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Igor Natusch
Em discurso na abertura de um congresso nacional contra a corrupção, organizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro criticou duramente nesta quinta-feira (20) o modo como a mídia conduz as discussões políticas no Brasil, em especial no que se refere à corrupção. “Criou-se um jornalismo de denúncia, que julga e condena. Usam a corrupção como argumento para dizer que as instituições não funcionam e tentar substituí-las”, afirmou Tarso. Dizendo que as campanhas contra a corrupção podem estar gerando o “ovo da serpente”, o governador gaúcho pediu que se reforce o poder das instituições, como forma de promover um efetivo combate a esse tipo de crime.
Tarso Genro começou falando sobre os recentes protestos contra o sistema financeiro que tomaram conta do mundo. Referindo-se aos manifestantes como “indignados”, o governador aproveitou para dar uma cutucada pouco sutil no grupo que pedia o fim da corrupção, sob o slogan “Agora Chega”. “Alguns jovens uniformizados cantaram em recentes protestos que ‘povo unido protesta sem partido’”, lembrou. “Para mim, isso é como dizer que povo com dor não precisa de promotor”, alfinetou, provocando desconforto em parte dos presentes.
O governador frisou que não defendia “teorias de conspiração” nem pregava a restrição de liberdade de imprensa. No entanto, durante a maior parte de sua fala, Tarso usou artilharia pesada contra os grandes grupos de mídia, aos quais acusou de tentar instituir uma “justiça paralela” no Brasil. Segundo ele, os grandes meios de comunicação se apropriaram do problema da corrupção e o usam para os próprios interesses, transformando um crime comum em crime político. “Atualmente, os casos mais graves são investigados pela mídia e divulgados dentro das conveniências dos proprietários dos grandes veículos”, disse Tarso. “Fazem condenações políticas de largas consequências sobre a vida dos atingidos, e tomam para si até o direito de perdão, quando isso se mostra conveniente”, disparou.
Essa justiça paralela, defendeu Tarso, se dá fora do âmbito do Estado e o esvazia. “Regredimos até uma situação que leva o Ministério Público à impotência e o Judiciário à irrelevância. É um fascismo pós-moderno”, descreveu. “É um juízo público, que faz vibrar a classe média ingênua e os adversários políticos do atingido da vez. Mas essas mesmas pessoas podem ser as próximas atingidas, dependendo de como se mover as disputas dentro dos meios de comunicação”.
De acordo com o governador, é justamente aí que reside o risco de tentar-se esvaziar os partidos políticos, eliminando seu papel de mediador entre os grupos sociais e o exercício do poder. “A corrupção não admite mediação”, frisou. E a grande mídia, de acordo com Tarso Genro, coloca a corrupção em primeiro plano nas discussões, deixando de lado problemas que ajudam a seguir existindo como a tutela financeira, as deficiências do sistema político brasileiro e a despreocupação com políticas sociais. O objetivo, afirma Tarso, é abalar a segurança política e a própria imagem das instituições. “Temos que reforçar as instituições e não enfraquecê-las. É o único modo de realmente combater a corrupção”, defendeu.
Em outro momento, o governador gaúcho apontou o suposto interesse de setores midiáticos em pressionar o Legislativo para a aprovação de leis de seu interesse, em especial as que propõem penas mais duras para criminosos. “Sem verdadeiro conhecimento, assumem o posto de especialistas, acabam formando uma criminologia empírica do poder midiático”, disse Tarso Genro. “Cada crime bárbaro ganha ampla projeção. O que reduzirá a criminalidade é a certeza de punição, não a aplicação de penas mais duras. Inúmeras pesquisas e estatísticas nos mostram isso”.
O congresso do MP, que lança a campanha “O que você tem a ver com a corrupção?”, segue nesta sexta-feira na sede do Ministério Público gaúcho, em Porto Alegre.
Pesquisa:QI adolescente?
20/10/2011 - Educação - 57 visitasQI pode aumentar ou diminuir durante a adolescência, diz estudo
Aumento da 'massa cinzenta' se dá pela linguagem verbal e pelo movimento das mãos.
Folha.com
O QI (Quociente de Inteligência) pode aumentar ou diminuir significativamente ao longo da adolescência, segundo um estudo publicado pela revista científica "Nature" na quarta-feira.
O QI é uma medição padronizada da habilidade cognitiva humana. Até agora se pensava que era uma capacidade estável, mas o novo estudo demonstra que existe a possibilidade de ocorrer uma variação considerável do QI.
A professora Cathy Price e sua equipe do University College de Londres fizeram uma avaliação com 33 adolescentes saudáveis em 2004, com idades entre 12 e 16 anos, e repetiu as provas quatro anos mais tarde.
Nos dois casos, os adolescentes foram avaliados por meio de testes e ressonâncias cerebrais. O estudo constatou que, entre 2004 e 2008, o QI tinha aumentado ou diminuído de maneira significativa em alguns deles.
Alguns jovens melhoraram sua atuação em até 20 pontos na escala padrão de medição da inteligência e, em outros, no entanto, tinha diminuído na mesma proporção. O estudo calculou o QI verbal de cada um dos adolescentes, que incluía medição da linguagem, aritmética, conhecimento geral e de memória, e também sua inteligência não verbal --mediante a identificação de elementos desaparecidos em uma imagem ou a resolução de um quebra-cabeça visual, entre outras provas. Além disso, os pesquisadores analisaram as ressonâncias magnéticas realizadas para ver se também houve mudanças significativas no cérebro, e concluíram que a relação era clara. Um aumento da inteligência verbal estaria relacionado com o aumento da massa cinzenta em uma área do hemisfério cerebral dominante, que é ativada com a linguagem articulada.
Já uma maior capacidade não verbal se relaciona a um aumento da densidade da massa cinzenta no interior do cerebelo, que está associado ao movimento das mãos.
Os pesquisadores também concluíram que um aumento da inteligência verbal não se corresponde com o da não verbal.
De acordo com a professora Price, não está claro por que o QI aumenta ou diminui tanto em algumas pessoas e, embora possa depender de uma capacidade tardia ou precoce de aprendizagem, não se descarta que a educação do adolescente tenha um papel determinante.
Aumento da 'massa cinzenta' se dá pela linguagem verbal e pelo movimento das mãos.
Folha.com
O QI (Quociente de Inteligência) pode aumentar ou diminuir significativamente ao longo da adolescência, segundo um estudo publicado pela revista científica "Nature" na quarta-feira.
O QI é uma medição padronizada da habilidade cognitiva humana. Até agora se pensava que era uma capacidade estável, mas o novo estudo demonstra que existe a possibilidade de ocorrer uma variação considerável do QI.
A professora Cathy Price e sua equipe do University College de Londres fizeram uma avaliação com 33 adolescentes saudáveis em 2004, com idades entre 12 e 16 anos, e repetiu as provas quatro anos mais tarde.
Nos dois casos, os adolescentes foram avaliados por meio de testes e ressonâncias cerebrais. O estudo constatou que, entre 2004 e 2008, o QI tinha aumentado ou diminuído de maneira significativa em alguns deles.
Alguns jovens melhoraram sua atuação em até 20 pontos na escala padrão de medição da inteligência e, em outros, no entanto, tinha diminuído na mesma proporção. O estudo calculou o QI verbal de cada um dos adolescentes, que incluía medição da linguagem, aritmética, conhecimento geral e de memória, e também sua inteligência não verbal --mediante a identificação de elementos desaparecidos em uma imagem ou a resolução de um quebra-cabeça visual, entre outras provas. Além disso, os pesquisadores analisaram as ressonâncias magnéticas realizadas para ver se também houve mudanças significativas no cérebro, e concluíram que a relação era clara. Um aumento da inteligência verbal estaria relacionado com o aumento da massa cinzenta em uma área do hemisfério cerebral dominante, que é ativada com a linguagem articulada.
Já uma maior capacidade não verbal se relaciona a um aumento da densidade da massa cinzenta no interior do cerebelo, que está associado ao movimento das mãos.
Os pesquisadores também concluíram que um aumento da inteligência verbal não se corresponde com o da não verbal.
De acordo com a professora Price, não está claro por que o QI aumenta ou diminui tanto em algumas pessoas e, embora possa depender de uma capacidade tardia ou precoce de aprendizagem, não se descarta que a educação do adolescente tenha um papel determinante.
O que é Ecologia médica?
Liga da Saúde: O que é Ecologia médica?: Muitos me perguntam o que é Ecologia Médica. Primeiro, devemos salientar que Medicina Ambiental, Ecologia Celular, Medicina Ecológica são ...
terça-feira, 18 de outubro de 2011
JORNALISMO: A MELHOR PROFISSÃO DO MUNDO (Gabriel García Marquez)
Jornalismo: a melhor profissão do mundo
18 de abril de 2002
Gabriel García Márquez
"Há uns cinqüenta anos não estavam na moda escolas de jornalismo. Aprendia-se nas redações, nas oficinas, no botequim do outro lado da rua, nas noitadas de sexta-feira. O jornal todo era uma fábrica que formava e informava sem equívocos e gerava opinião num ambiente de participação no qual a moral era conservada em seu lugar." "Não haviam sido instituídas as reuniões de pauta, mas às cinco da tarde, sem convocação oficial, todo mundo fazia uma pausa para descansar das tensões do dia e confluía num lugar qualquer da redação para tomar café. Era uma tertúlia aberta em que se discutiam a quente os temas de cada seção e se davam os toques finais na edição do dia seguinte. Os que não aprendiam naquelas cátedras ambulantes e apaixonadas de vinte e quatro horas diárias, ou os que se aborreciam de tanto falar da mesma coisa, era porque queriam ou acreditavam ser jornalistas, mas na realidade não o eram."
"O jornal cabia então em três grandes seções: notícias, crônicas e reportagens, e notas editoriais. A seção mais delicada e de grande prestígio era a editorial. O cargo mais desvalido era o de repórter, que tinha ao mesmo tempo a conotação de aprendiz e de ajudante de pedreiro. O tempo e a profissão mesma demonstraram que o sistema nervoso do jornalismo circula na realidade em sentido contrário. Dou fé: aos 19 anos, sendo o pior dos estudantes de direito, comecei minha carreira como redator de notas editoriais e fui subindo pouco a pouco e com muito trabalho pelos degraus das diferentes seções, até o nível máximo de repórter raso.
A prática da profissão, ela própria, impunha a necessidade de se formar uma base cultural, e o ambiente de trabalho se encarregava de incentivar essa formação. A leitura era um vício profissional. Os autodidatas costumam ser ávidos e rápidos, e os daquele tempo o fomos de sobra para seguir abrindo caminho na vida para a melhor profissão do mundo - como nós a chamávamos. Alberto Lleras Camargo, que foi sempre jornalista e duas vezes presidente da Colômbia, não tinha sequer o curso secundário.
A criação posterior de escolas de jornalismo foi uma reação escolástica contra o fato consumado de que o ofício carecia de respaldo acadêmico. Agora as escolas existem não apenas para a imprensa escrita como para todos os meios inventados e por inventar. Mas em sua expansão varreram até o nome humilde que o ofício teve desde suas origens no século XV, e que agora não é mais jornalismo, mas Ciências da Comunicação ou Comunicação Social.
O resultado não é, em geral, alentador. Os jovens que saem desiludidos das escolas, com a vida pela frente, parecem desvinculados da realidade e de seus problemas vitais, e um afã de protagonismo prima sobre a vocação e as aptidões naturais. E em especial sobre as duas condições mais importantes: a criatividade e a prática.
Em sua maioria, os formados chegam com deficiências flagrantes, têm graves problemas de gramática e ortografia, e dificuldades para uma compreensão reflexiva dos textos. Alguns se gabam de poder ler de trás para frente um documento secreto no gabinete de um ministro, de gravar diálogos fortuitos sem prevenir o interlocutor, ou de usar como notícia uma conversa que de antemão se combinara confidencial.
O mais grave é que tais atentados contra a ética obedecem a uma noção intrépida da profissão, assumida conscientemente e orgulhosamente fundada na sacralização do furo a qualquer preço e acima de tudo. Seus autores não se comovem com a premissa de que a melhor notícia nem sempre é a que se dá primeiro, mas muitas vezes a que se dá melhor. Alguns, conscientes de suas deficiências, sentem-se fraudados pela faculdade onde estudaram e não lhes treme a voz quando culpam seus professores por não lhes terem inculcado as virtudes que agora lhes são requeridas, especialmente a curiosidade pela vida.
É certo que tais críticas valem para a educação geral, pervertida pela massificação de escolas que seguem a linha viciada do informativo ao invés do formativo. Mas no caso específico do jornalismo parece que, além disso, a profissão não conseguiu evoluir com a mesma velocidade que seus instrumentos e os jornalistas se extraviaram no labirinto de uma tecnologia disparada sem controle em direção ao futuro.
Quer dizer: as empresas empenharam-se a fundo na concorrência feroz da modernização material e deixaram para depois a formação de sua infantaria e os mecanismos de participação que no passado fortaleciam o espírito profissional. As redações são laboratórios assépticos para navegantes solitários, onde parece mais fácil comunicar-se com os fenômenos siderais do que com o coração dos leitores. A desumanização é galopante.
Não é fácil aceitar que o esplendor tecnológico e a vertigem das comunicações, que tanto desejávamos em nossos tempos, tenham servido para antecipar e agravar a agonia cotidiana do horário de fechamento.
Os principiantes queixam-se de que os editores lhes concedem três horas para uma tarefa que na hora da verdade é impossível em menos de seis, que lhes encomendam material para duas colunas e na hora da verdade lhes concedem apenas meia coluna, e no pânico do fechamento ninguém tem tempo nem ânimo para lhes explicar por que, e menos ainda para lhes dizer uma palavra de consolo.
"Nem sequer nos repreendem", diz um repórter novato ansioso por ter comunicação direta com seus chefes. Nada: o editor, que antes era um paizão sábio e compassivo, mal tem forças e tempo para sobreviver ele mesmo ao cativeiro da tecnologia. A pressa e a restrição de espaço, creio, minimizaram a reportagem, que sempre tivemos na conta de gênero mais brilhante, mas que é também o que requer mais tempo, mais investigação, mais reflexão e um domínio certeiro da arte de escrever. É, na realidade, a reconstituição minuciosa e verídica do fato. Quer dizer: a notícia completa, tal como sucedeu na realidade, para que o leitor a conheça como se tivesse estado no local dos acontecimentos."
"O gravador é culpado pela glorificação viciosa da entrevista. O rádio e a televisão, por sua própria natureza, converteram-na em gênero supremo, mas também a imprensa escrita parece compartilhar a idéia equivocada de que a voz da verdade não é tanto a do jornalista que viu como a do entrevistado que declarou. Para muitos redatores de jornais, a transcrição é a prova de fogo: confundem o som das palavras, tropeçam na semântica, naufragam na ortografia e morrem de enfarte com a sintaxe.
Talvez a solução seja voltar ao velho bloco de anotações, para que o jornalista vá editando com sua inteligência à medida que escuta, e restitua o gravador a sua categoria verdadeira, que é a de testemunho inquestionável. De todo modo, é um consolo supor que muitas das transgressões da ética, e outras tantas que aviltam e envergonham o jornalismo de hoje, nem sempre se devem à imoralidade, mas igualmente à falta de domínio do ofício.
Talvez a desgraça das faculdades de Comunicação Social seja ensinar muitas coisas úteis para a profissão, porém muito pouco da profissão propriamente dita. Claro que devem persistir em seus programas humanísticos, embora menos ambiciosos e peremptórios, para ajudar a constituir a base cultural que os alunos não trazem do curso secundário.
Entretanto, toda a formação deve se sustentar em três vigas mestras: a prioridade das aptidões e das vocações, a certeza de que a investigação não é uma especialidade dentro da profissão, mas que todo jornalismo deve ser investigativo por definição, e a consciência de que a ética não é uma condição ocasional, e sim que deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro.
O objetivo final deveria ser o retorno ao sistema primário de ensino em oficinas práticas formadas por pequenos grupos, com um aproveitamento crítico das experiências históricas, e em seu marco original de serviço público. Quer dizer: resgatar para a aprendizagem o espírito de tertúlia das cinco da tarde.
Um grupo de jornalistas independentes estamos tratando de fazê-lo, em Cartagena de Indias, para toda a América Latina, com um sistema de oficinas experimentais e itinerantes que leva o nome nada modesto de Fundação do Novo Jornalismo Ibero-Americano. É uma experiência piloto com jornalistas novos para trabalhar em alguma especialidade - reportagem, edição, entrevistas de rádio e televisão e tantas outras - sob a direção de um veterano da profissão."
"A mídia faria bem em apoiar essa operação de resgate. Seja em suas redações, seja com cenários construídos intencionalmente, como os simuladores aéreos que reproduzem todos os incidentes de vôo, para que os estudantes aprendam a lidar com desastres antes que os encontrem de verdade atravessados em seu caminho. Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade.
Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."
Publicado no Observatório da Imprensa
18 de abril de 2002
Gabriel García Márquez
"Há uns cinqüenta anos não estavam na moda escolas de jornalismo. Aprendia-se nas redações, nas oficinas, no botequim do outro lado da rua, nas noitadas de sexta-feira. O jornal todo era uma fábrica que formava e informava sem equívocos e gerava opinião num ambiente de participação no qual a moral era conservada em seu lugar." "Não haviam sido instituídas as reuniões de pauta, mas às cinco da tarde, sem convocação oficial, todo mundo fazia uma pausa para descansar das tensões do dia e confluía num lugar qualquer da redação para tomar café. Era uma tertúlia aberta em que se discutiam a quente os temas de cada seção e se davam os toques finais na edição do dia seguinte. Os que não aprendiam naquelas cátedras ambulantes e apaixonadas de vinte e quatro horas diárias, ou os que se aborreciam de tanto falar da mesma coisa, era porque queriam ou acreditavam ser jornalistas, mas na realidade não o eram."
"O jornal cabia então em três grandes seções: notícias, crônicas e reportagens, e notas editoriais. A seção mais delicada e de grande prestígio era a editorial. O cargo mais desvalido era o de repórter, que tinha ao mesmo tempo a conotação de aprendiz e de ajudante de pedreiro. O tempo e a profissão mesma demonstraram que o sistema nervoso do jornalismo circula na realidade em sentido contrário. Dou fé: aos 19 anos, sendo o pior dos estudantes de direito, comecei minha carreira como redator de notas editoriais e fui subindo pouco a pouco e com muito trabalho pelos degraus das diferentes seções, até o nível máximo de repórter raso.
A prática da profissão, ela própria, impunha a necessidade de se formar uma base cultural, e o ambiente de trabalho se encarregava de incentivar essa formação. A leitura era um vício profissional. Os autodidatas costumam ser ávidos e rápidos, e os daquele tempo o fomos de sobra para seguir abrindo caminho na vida para a melhor profissão do mundo - como nós a chamávamos. Alberto Lleras Camargo, que foi sempre jornalista e duas vezes presidente da Colômbia, não tinha sequer o curso secundário.
A criação posterior de escolas de jornalismo foi uma reação escolástica contra o fato consumado de que o ofício carecia de respaldo acadêmico. Agora as escolas existem não apenas para a imprensa escrita como para todos os meios inventados e por inventar. Mas em sua expansão varreram até o nome humilde que o ofício teve desde suas origens no século XV, e que agora não é mais jornalismo, mas Ciências da Comunicação ou Comunicação Social.
O resultado não é, em geral, alentador. Os jovens que saem desiludidos das escolas, com a vida pela frente, parecem desvinculados da realidade e de seus problemas vitais, e um afã de protagonismo prima sobre a vocação e as aptidões naturais. E em especial sobre as duas condições mais importantes: a criatividade e a prática.
Em sua maioria, os formados chegam com deficiências flagrantes, têm graves problemas de gramática e ortografia, e dificuldades para uma compreensão reflexiva dos textos. Alguns se gabam de poder ler de trás para frente um documento secreto no gabinete de um ministro, de gravar diálogos fortuitos sem prevenir o interlocutor, ou de usar como notícia uma conversa que de antemão se combinara confidencial.
O mais grave é que tais atentados contra a ética obedecem a uma noção intrépida da profissão, assumida conscientemente e orgulhosamente fundada na sacralização do furo a qualquer preço e acima de tudo. Seus autores não se comovem com a premissa de que a melhor notícia nem sempre é a que se dá primeiro, mas muitas vezes a que se dá melhor. Alguns, conscientes de suas deficiências, sentem-se fraudados pela faculdade onde estudaram e não lhes treme a voz quando culpam seus professores por não lhes terem inculcado as virtudes que agora lhes são requeridas, especialmente a curiosidade pela vida.
É certo que tais críticas valem para a educação geral, pervertida pela massificação de escolas que seguem a linha viciada do informativo ao invés do formativo. Mas no caso específico do jornalismo parece que, além disso, a profissão não conseguiu evoluir com a mesma velocidade que seus instrumentos e os jornalistas se extraviaram no labirinto de uma tecnologia disparada sem controle em direção ao futuro.
Quer dizer: as empresas empenharam-se a fundo na concorrência feroz da modernização material e deixaram para depois a formação de sua infantaria e os mecanismos de participação que no passado fortaleciam o espírito profissional. As redações são laboratórios assépticos para navegantes solitários, onde parece mais fácil comunicar-se com os fenômenos siderais do que com o coração dos leitores. A desumanização é galopante.
Não é fácil aceitar que o esplendor tecnológico e a vertigem das comunicações, que tanto desejávamos em nossos tempos, tenham servido para antecipar e agravar a agonia cotidiana do horário de fechamento.
Os principiantes queixam-se de que os editores lhes concedem três horas para uma tarefa que na hora da verdade é impossível em menos de seis, que lhes encomendam material para duas colunas e na hora da verdade lhes concedem apenas meia coluna, e no pânico do fechamento ninguém tem tempo nem ânimo para lhes explicar por que, e menos ainda para lhes dizer uma palavra de consolo.
"Nem sequer nos repreendem", diz um repórter novato ansioso por ter comunicação direta com seus chefes. Nada: o editor, que antes era um paizão sábio e compassivo, mal tem forças e tempo para sobreviver ele mesmo ao cativeiro da tecnologia. A pressa e a restrição de espaço, creio, minimizaram a reportagem, que sempre tivemos na conta de gênero mais brilhante, mas que é também o que requer mais tempo, mais investigação, mais reflexão e um domínio certeiro da arte de escrever. É, na realidade, a reconstituição minuciosa e verídica do fato. Quer dizer: a notícia completa, tal como sucedeu na realidade, para que o leitor a conheça como se tivesse estado no local dos acontecimentos."
"O gravador é culpado pela glorificação viciosa da entrevista. O rádio e a televisão, por sua própria natureza, converteram-na em gênero supremo, mas também a imprensa escrita parece compartilhar a idéia equivocada de que a voz da verdade não é tanto a do jornalista que viu como a do entrevistado que declarou. Para muitos redatores de jornais, a transcrição é a prova de fogo: confundem o som das palavras, tropeçam na semântica, naufragam na ortografia e morrem de enfarte com a sintaxe.
Talvez a solução seja voltar ao velho bloco de anotações, para que o jornalista vá editando com sua inteligência à medida que escuta, e restitua o gravador a sua categoria verdadeira, que é a de testemunho inquestionável. De todo modo, é um consolo supor que muitas das transgressões da ética, e outras tantas que aviltam e envergonham o jornalismo de hoje, nem sempre se devem à imoralidade, mas igualmente à falta de domínio do ofício.
Talvez a desgraça das faculdades de Comunicação Social seja ensinar muitas coisas úteis para a profissão, porém muito pouco da profissão propriamente dita. Claro que devem persistir em seus programas humanísticos, embora menos ambiciosos e peremptórios, para ajudar a constituir a base cultural que os alunos não trazem do curso secundário.
Entretanto, toda a formação deve se sustentar em três vigas mestras: a prioridade das aptidões e das vocações, a certeza de que a investigação não é uma especialidade dentro da profissão, mas que todo jornalismo deve ser investigativo por definição, e a consciência de que a ética não é uma condição ocasional, e sim que deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro.
O objetivo final deveria ser o retorno ao sistema primário de ensino em oficinas práticas formadas por pequenos grupos, com um aproveitamento crítico das experiências históricas, e em seu marco original de serviço público. Quer dizer: resgatar para a aprendizagem o espírito de tertúlia das cinco da tarde.
Um grupo de jornalistas independentes estamos tratando de fazê-lo, em Cartagena de Indias, para toda a América Latina, com um sistema de oficinas experimentais e itinerantes que leva o nome nada modesto de Fundação do Novo Jornalismo Ibero-Americano. É uma experiência piloto com jornalistas novos para trabalhar em alguma especialidade - reportagem, edição, entrevistas de rádio e televisão e tantas outras - sob a direção de um veterano da profissão."
"A mídia faria bem em apoiar essa operação de resgate. Seja em suas redações, seja com cenários construídos intencionalmente, como os simuladores aéreos que reproduzem todos os incidentes de vôo, para que os estudantes aprendam a lidar com desastres antes que os encontrem de verdade atravessados em seu caminho. Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade.
Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."
Publicado no Observatório da Imprensa
Conselho de COMUNICAÇÃO RS: Governo Tarso chama o DEBATE!
Comunicação | Segunda-feira, 17 de Outubro de 2011 | 15:32
Conselho de Comunicação é tema de debate
Diálogos CDES terá a participação de entidades e empresas da área, além da sociedade
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS) vai debater nesta sexta-feira, 21, na Câmara Temática Cultura e Comunicação, a possibilidade de criar o Conselho Estadual de Comunicação. O debate será feito no encontro Diálogos CDES, às 8h30, com a presença de entidades e empresas da área, além da sociedade interessada em aprofundar o assunto. Os conselheiros apresentarão uma proposta de composição, finalidade e funcionamento do grupo no auditório do BRDE (Rua Uruguai, 155 - 8º andar – Centro).
Para o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, os conselhos são importantes instrumentos para a democratização da mídia. O secretário-executivo do CDES-RS, Marcelo Danéris, destaca a importância da participação da sociedade nos temas em análise no Conselhão para contar com todas as contribuições sobre os assuntos em pauta.
Os Diálogos CDES são debates abertos à participação da sociedade civil e têm o objetivo de promover a escuta e a troca de ideias sobre temas relativos ao desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul.
Conselho de Comunicação é tema de debate
Diálogos CDES terá a participação de entidades e empresas da área, além da sociedade
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS) vai debater nesta sexta-feira, 21, na Câmara Temática Cultura e Comunicação, a possibilidade de criar o Conselho Estadual de Comunicação. O debate será feito no encontro Diálogos CDES, às 8h30, com a presença de entidades e empresas da área, além da sociedade interessada em aprofundar o assunto. Os conselheiros apresentarão uma proposta de composição, finalidade e funcionamento do grupo no auditório do BRDE (Rua Uruguai, 155 - 8º andar – Centro).
Para o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, os conselhos são importantes instrumentos para a democratização da mídia. O secretário-executivo do CDES-RS, Marcelo Danéris, destaca a importância da participação da sociedade nos temas em análise no Conselhão para contar com todas as contribuições sobre os assuntos em pauta.
Os Diálogos CDES são debates abertos à participação da sociedade civil e têm o objetivo de promover a escuta e a troca de ideias sobre temas relativos ao desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul.
Encontro Mundial de BLOGUEIROS/29 out Foz do Iguaçu (Pr)
Encontro Mundial de Blogueiros está marcado para outubro
Primeira edição do evento será realizada em Foz do Iguaçu
Pautado pela discussão sobre o papel das novas mídias na construção da democracia, o 1º Encontro Mundial de Blogueiros será realizado entre os dias 27 e 29 de outubro, em Foz do Iguaçu, Paraná. Organizado pela Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercon) e pelo Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, o evento pretende “promover o fenômeno que ocorre em torno das novas mídias, identificar suas tendências e investir no seu aperfeiçoamento, reunindo experiências de diferentes partes do mundo”.
A abertura contará com a presença de autoridades e organizadores do encontro, que terá nomes como Ignácio Ramonet, criador do Le Monde Diplomatique (França); Kristinn Hrafnsson, porta-voz do WikiLeaks; e Denis Moraes, organizador do livro ‘Mutações do visível: da comunicação de massa à comunicação em rede’. Também serão abordados pelo blogueiro cubano Iroel Sanchez, da página La Pupila Insomne, e Emir Sader, blogueiro e articulista do site Carta Maior os experimentos da América Latina e Brasil.
A aprovação da ‘Carta de Foz do Iguaçu’, contendo propostas e estratégias de organização de mídias, marcará o encerramento do evento. As inscrições para participar do encontro podem ser feitas pela internet e custam R$ 100.
Primeira edição do evento será realizada em Foz do Iguaçu
Pautado pela discussão sobre o papel das novas mídias na construção da democracia, o 1º Encontro Mundial de Blogueiros será realizado entre os dias 27 e 29 de outubro, em Foz do Iguaçu, Paraná. Organizado pela Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercon) e pelo Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, o evento pretende “promover o fenômeno que ocorre em torno das novas mídias, identificar suas tendências e investir no seu aperfeiçoamento, reunindo experiências de diferentes partes do mundo”.
A abertura contará com a presença de autoridades e organizadores do encontro, que terá nomes como Ignácio Ramonet, criador do Le Monde Diplomatique (França); Kristinn Hrafnsson, porta-voz do WikiLeaks; e Denis Moraes, organizador do livro ‘Mutações do visível: da comunicação de massa à comunicação em rede’. Também serão abordados pelo blogueiro cubano Iroel Sanchez, da página La Pupila Insomne, e Emir Sader, blogueiro e articulista do site Carta Maior os experimentos da América Latina e Brasil.
A aprovação da ‘Carta de Foz do Iguaçu’, contendo propostas e estratégias de organização de mídias, marcará o encerramento do evento. As inscrições para participar do encontro podem ser feitas pela internet e custam R$ 100.
Luiz Eduardo Soares: Depois de Depois do Filme
Luiz Eduardo Soares: Depois de Depois do Filme: É a terceira vez que escrevo sobre espetáculos de Aderbal Freire Filho. Escrevi sobre O Púcaro Búlgaro , Moby Dick ...
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
O que eu gostaria de saber do Governador: GINÁSIOS,SALA DE INFORMÁTICA
,O que eu gostaria de saber do Governador: SALA DE INFORMÁTICA
Qual critério atual PAC p/Escolas de Periferia conquistarem equipamento essencial a comunidade: Ginásio Desportivo ou cobertura de quadras??
Qual critério atual PAC p/Escolas de Periferia conquistarem equipamento essencial a comunidade: Ginásio Desportivo ou cobertura de quadras??
Liga da Saúde: Por que consumir alimentos orgânicos ?
Liga da Saúde: Por que consumir alimentos orgânicos ?: A produção de orgânicos sempre que possível, baseia-se: 1)No uso de estercos animais, 2)Rotação de culturas, 3)Adubação verde, 4)Com...
IdeArte: Entrada da exposição
IdeArte: Entrada da exposição: O ambiente que ficava antes da porta de entrada estava composto pelas seguintes peças: Cadeira Jacque - Heloisa - R$450,00 Veja a...
acesse www.CUBADEBATE.cu CADASTRE-SE em
Jornalista correspondente Internacional em www.bloguerosrevolucion.ning.com
Norelys Morales
C.I.A. organización criminal, Agencia de Importación de Cocaína - “El equipo de Choque de la CIA”: C.I.A. organi... http://bit.ly/mBN5mx
Norelys Morales
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Norelys Morales
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MEU COMPROMISSO PÚBLICO ALERTA PAIS E MENINADA!
COMUNICADO DE A L E R T A G E R A L A(OS)
SENHORES PAIS, MÃES, RESPONSÁVEIS, familiares, colegas e visitantes deste blog:
A formatação deste projeto pedagógico ( FACE A FACE COM O LAZER QUALIDADE DE VIDA), meados da década 90, - à época ainda incipiente conhecimento das revolucionárias características da Rede mundial de computadores, - agora popularizada pelo acesso em diferentes locais e comunidades ("galeras" urbanas e rurais), insere-se em nosso Planejamento Multidisciplinar transverso e interativo, a partir da Educação Física com as demais disciplinas. OS OBJETIVOS e base de atuação compartilhada inclue alertar sobre os Riscos e Potencialidades da Internet, Leitura e Produção Crítica da Mídia Impressa e eletrônica, em multimídia.
Práxis ancorada na Pedagogia da Autonomia do educador Paulo Freire, internacionalmente reconhecido, antes, durante e após seu exílio. Acesse www.institutopaulofreire.org.br > para maiores detalhes biográficos ou aplicativo Facebook: Frases de Paulo Freire.
A PRINCIPAL postagem do Projeto PEDAGÓGICO "Face a Face com o LAZER Qualidade de Vida", no espaço inferior ano letivo 2008), contém endereço eletrônico de acesso ( são somente 7 slides, bastar clicar no sublinhado ) com o resumo dos objetivos e metodologia para o ano letivo vigente! NÃO CONSTITUI objetivo pedagógico ou educomunicativo teclar individualmente com quem aderir ao conjunto de tarefas-desafios coletivamente construídas, debatidas e decididas, sem conhecimento das instâncias da comunidade escolar. Há livre opção de adesão total ou parcial aos desafios trimestrais, e, até mesmo a saída, por desistência sem exigẽncia de prévia justificativa, a qualquer momento, sem prejuízo na educaçao continuada dos demais eixos estratégicos interdisciplinares!
Educação Física radicaliza o eixo lazer, estimulo de livre expressão corporal,energia anti-sedentarismo e ócio criativo. NO ENTANTO, NÃO consta entre os objetivos a utilização de ferramentas COMUNICADORES INSTÂNTANES COMO OPÇÃO DE ACESSIBILIDADE PREFERENCIAL a comunicação virtual e cultura digital. E, por princípio ético profissional, casos alheios a este comunicado SERÃO DEVIDAMENTE (RE)ORIENTADOS para que a meninada use meios de publicar recados("scraps"),postagens genéricas, dicas ou respostas em REDES SOCIAIS, ao conjunto de tarefas sugeridas: COM AMPLO CONHECIMENTO E VISIBILIDADE A TODOS E TODAS. Combinado coletivo tanto em período de horário escolar ou não, recesso ou férias!
EM CASO DE DÚVIDAS, GENTILEZA COMPARECER JUNTO A DIREÇÃO ESCOLAR, EM INTERVALOS DE AULA OU RECREIO PARA NOSSO ESCLARECIMENTO DETALHADO. Muito obrigado pelo incentivo a uma postura participativa, crítica, consciente, solidária e ecológica, exemplos básicos a juventude e geração protagonista Século XXI.
[www.twitter.com/profhelder]
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Please contact me for a work or comunication management at
SKYPE jornalistahelder >
Google talk < jornalistahelder@gmail.com >
Facebook just one profile Helder Xavier Simões
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SENHORES PAIS, MÃES, RESPONSÁVEIS, familiares, colegas e visitantes deste blog:
A formatação deste projeto pedagógico ( FACE A FACE COM O LAZER QUALIDADE DE VIDA), meados da década 90, - à época ainda incipiente conhecimento das revolucionárias características da Rede mundial de computadores, - agora popularizada pelo acesso em diferentes locais e comunidades ("galeras" urbanas e rurais), insere-se em nosso Planejamento Multidisciplinar transverso e interativo, a partir da Educação Física com as demais disciplinas. OS OBJETIVOS e base de atuação compartilhada inclue alertar sobre os Riscos e Potencialidades da Internet, Leitura e Produção Crítica da Mídia Impressa e eletrônica, em multimídia.
Práxis ancorada na Pedagogia da Autonomia do educador Paulo Freire, internacionalmente reconhecido, antes, durante e após seu exílio. Acesse www.institutopaulofreire.org.br > para maiores detalhes biográficos ou aplicativo Facebook: Frases de Paulo Freire.
A PRINCIPAL postagem do Projeto PEDAGÓGICO "Face a Face com o LAZER Qualidade de Vida", no espaço inferior ano letivo 2008), contém endereço eletrônico de acesso ( são somente 7 slides, bastar clicar no sublinhado ) com o resumo dos objetivos e metodologia para o ano letivo vigente! NÃO CONSTITUI objetivo pedagógico ou educomunicativo teclar individualmente com quem aderir ao conjunto de tarefas-desafios coletivamente construídas, debatidas e decididas, sem conhecimento das instâncias da comunidade escolar. Há livre opção de adesão total ou parcial aos desafios trimestrais, e, até mesmo a saída, por desistência sem exigẽncia de prévia justificativa, a qualquer momento, sem prejuízo na educaçao continuada dos demais eixos estratégicos interdisciplinares!
Educação Física radicaliza o eixo lazer, estimulo de livre expressão corporal,energia anti-sedentarismo e ócio criativo. NO ENTANTO, NÃO consta entre os objetivos a utilização de ferramentas COMUNICADORES INSTÂNTANES COMO OPÇÃO DE ACESSIBILIDADE PREFERENCIAL a comunicação virtual e cultura digital. E, por princípio ético profissional, casos alheios a este comunicado SERÃO DEVIDAMENTE (RE)ORIENTADOS para que a meninada use meios de publicar recados("scraps"),postagens genéricas, dicas ou respostas em REDES SOCIAIS, ao conjunto de tarefas sugeridas: COM AMPLO CONHECIMENTO E VISIBILIDADE A TODOS E TODAS. Combinado coletivo tanto em período de horário escolar ou não, recesso ou férias!
EM CASO DE DÚVIDAS, GENTILEZA COMPARECER JUNTO A DIREÇÃO ESCOLAR, EM INTERVALOS DE AULA OU RECREIO PARA NOSSO ESCLARECIMENTO DETALHADO. Muito obrigado pelo incentivo a uma postura participativa, crítica, consciente, solidária e ecológica, exemplos básicos a juventude e geração protagonista Século XXI.
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011
FIM DA PUBLICIDADE INFANTIL : ABAIXO ASSINADO Nacional
Criança e Consumo
Já são quase 15 mil assinaturas! Apoie o fim da publicidade infantil; assine o manifesto "Publicidade Infantil NÃO": http://t.co/7ijQLcBJ
Já são quase 15 mil assinaturas! Apoie o fim da publicidade infantil; assine o manifesto "Publicidade Infantil NÃO": http://t.co/7ijQLcBJ
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Declaração Universal DIREITOS DA CRIANÇA UNICEF
Ata da criação da Declaração Universal dos Direitos das Crianças - UNICEF
A 20 de Novembro de 1959, em reunião desta Assembléia e aprovada, passa a vigorar a seguinte declaração:
Toda criança tem Direitos
Princípio I - À igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade.
A criança desfrutará de todos os direitos enunciados nesta Declaração. Estes direitos serão outorgados a todas as crianças, sem qualquer excepção, distinção ou discriminação por motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de outra natureza, nacionalidade ou origem social, posição económica, nascimento ou outra condição, seja inerente à própria criança ou à sua família.
Princípio II - Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social.
A criança gozará de protecção especial e disporá de oportunidade e serviços a serem estabelecidos em lei e por outros meios, de modo que possa desenvolver-se física, mental, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como em condições de liberdade e dignidade. Ao promulgar leis com este fim, a consideração fundamental a que se atenderá será o interesse superior da criança.
Princípio III - Direito a um nome e a uma nacionalidade.
A criança tem direito, desde o seu nascimento, a um nome e a uma nacionalidade.
Princípio IV - Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe.
A criança deve gozar dos benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e desenvolver-se em boa saúde; para essa finalidade deverão ser proporcionados, tanto a ela, quanto à sua mãe, cuidados especiais, incluindo-se a alimentação pré e pós-natal. A criança terá direito a desfrutar de alimentação, moradia, lazer e serviços médicos adequados.
Princípio V - Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente.
A criança física ou mentalmente deficiente ou aquela que sofre de algum impedimento social deve receber o tratamento, a educação e os cuidados especiais que requeira o seu caso particular.
Princípio VI - Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.
A criança necessita de amor e compreensão, para o desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade; sempre que possível, deverá crescer com o amparo e sob a responsabilidade de seus pais, mas, em qualquer caso, em um ambiente de afecto e segurança moral e material; salvo circunstâncias excepcionais, não se deverá separar a criança de tenra idade de sua mãe. A sociedade e as autoridades públicas terão a obrigação de cuidar especialmente do menor abandonado ou daqueles que careçam de meios adequados de subsistência. Convém que se concedam subsídios governamentais, ou de outra espécie, para a manutenção dos filhos de famílias numerosas.
Princípio VII - Direito á educação gratuita e ao lazer infantil.
O interesse superior da criança deverá ser o interesse director daqueles que têm a responsabilidade por sua educação e orientação; tal responsabilidade incumbe, em primeira instância, a seus pais.
A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito.
A criança tem direito a receber educação escolar, a qual será gratuita e obrigatória, ao menos nas etapas elementares. Dar-se-á à criança uma educação que favoreça sua cultura geral e lhe permita - em condições de igualdade de oportunidades - desenvolver suas aptidões e sua individualidade, seu senso de responsabilidade social e moral. Chegando a ser um membro útil à sociedade.
Princípio VIII - Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes.
A criança deve - em todas as circunstâncias - figurar entre os primeiros a receber protecção e auxílio.
Princípio IX - Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho.
A criança deve ser protegida contra toda forma de abandono, crueldade e exploração. Não será objecto de nenhum tipo de tráfico.
Não se deverá permitir que a criança trabalhe antes de uma idade mínima adequada; em caso algum será permitido que a criança dedique-se, ou a ela se imponha, qualquer ocupação ou emprego que possa prejudicar sua saúde ou sua educação, ou impedir seu desenvolvimento físico, mental ou moral.
Princípio X - Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.
A criança deve ser protegida contra as práticas que possam fomentar a discriminação racial, religiosa, ou de qualquer outra índole. Deve ser educada dentro de um espírito de compreensão, tolerância, amizade entre os povos, paz e fraternidade universais e com plena consciência de que deve consagrar suas energias e aptidões ao serviço de seus semelhantes.
A 20 de Novembro de 1959, em reunião desta Assembléia e aprovada, passa a vigorar a seguinte declaração:
Toda criança tem Direitos
Princípio I - À igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade.
A criança desfrutará de todos os direitos enunciados nesta Declaração. Estes direitos serão outorgados a todas as crianças, sem qualquer excepção, distinção ou discriminação por motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de outra natureza, nacionalidade ou origem social, posição económica, nascimento ou outra condição, seja inerente à própria criança ou à sua família.
Princípio II - Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social.
A criança gozará de protecção especial e disporá de oportunidade e serviços a serem estabelecidos em lei e por outros meios, de modo que possa desenvolver-se física, mental, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como em condições de liberdade e dignidade. Ao promulgar leis com este fim, a consideração fundamental a que se atenderá será o interesse superior da criança.
Princípio III - Direito a um nome e a uma nacionalidade.
A criança tem direito, desde o seu nascimento, a um nome e a uma nacionalidade.
Princípio IV - Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe.
A criança deve gozar dos benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e desenvolver-se em boa saúde; para essa finalidade deverão ser proporcionados, tanto a ela, quanto à sua mãe, cuidados especiais, incluindo-se a alimentação pré e pós-natal. A criança terá direito a desfrutar de alimentação, moradia, lazer e serviços médicos adequados.
Princípio V - Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente.
A criança física ou mentalmente deficiente ou aquela que sofre de algum impedimento social deve receber o tratamento, a educação e os cuidados especiais que requeira o seu caso particular.
Princípio VI - Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.
A criança necessita de amor e compreensão, para o desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade; sempre que possível, deverá crescer com o amparo e sob a responsabilidade de seus pais, mas, em qualquer caso, em um ambiente de afecto e segurança moral e material; salvo circunstâncias excepcionais, não se deverá separar a criança de tenra idade de sua mãe. A sociedade e as autoridades públicas terão a obrigação de cuidar especialmente do menor abandonado ou daqueles que careçam de meios adequados de subsistência. Convém que se concedam subsídios governamentais, ou de outra espécie, para a manutenção dos filhos de famílias numerosas.
Princípio VII - Direito á educação gratuita e ao lazer infantil.
O interesse superior da criança deverá ser o interesse director daqueles que têm a responsabilidade por sua educação e orientação; tal responsabilidade incumbe, em primeira instância, a seus pais.
A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito.
A criança tem direito a receber educação escolar, a qual será gratuita e obrigatória, ao menos nas etapas elementares. Dar-se-á à criança uma educação que favoreça sua cultura geral e lhe permita - em condições de igualdade de oportunidades - desenvolver suas aptidões e sua individualidade, seu senso de responsabilidade social e moral. Chegando a ser um membro útil à sociedade.
Princípio VIII - Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes.
A criança deve - em todas as circunstâncias - figurar entre os primeiros a receber protecção e auxílio.
Princípio IX - Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho.
A criança deve ser protegida contra toda forma de abandono, crueldade e exploração. Não será objecto de nenhum tipo de tráfico.
Não se deverá permitir que a criança trabalhe antes de uma idade mínima adequada; em caso algum será permitido que a criança dedique-se, ou a ela se imponha, qualquer ocupação ou emprego que possa prejudicar sua saúde ou sua educação, ou impedir seu desenvolvimento físico, mental ou moral.
Princípio X - Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.
A criança deve ser protegida contra as práticas que possam fomentar a discriminação racial, religiosa, ou de qualquer outra índole. Deve ser educada dentro de um espírito de compreensão, tolerância, amizade entre os povos, paz e fraternidade universais e com plena consciência de que deve consagrar suas energias e aptidões ao serviço de seus semelhantes.
CREATIVE IDEIAS: Autismo e Tangram - Atividades Pedagógicas
CREATIVE IDEIAS: Autismo e Tangram - Atividades Pedagógicas: DOWLOAD DE MATRIZ+PEÇAS Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por 7 peças - 1 quadrado, 2 triângulos grandes, 1 triângul...
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
JOGAR FUTEBOL PROFISSIONAL? Conexão Futura: Futebolista
Conexão Futura: Futebolista: Daee Galeraa!! :D Quem quer ser jogador de futebol aeee?? \o/ \o/ \o/ Então,iremos dar algumas dicas para você quer seguir essa profissão.....
Cartilha aos PAIS: USO SEGURO DA INTERNET
Cartilha - Uso seguro da internet pela família está disponível para download no site http://t.co/LFFnILMz
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
O blog do Google Brasil: O botão +1, usado mais de 4 bilhões de vezes por d...
O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) realizará nos dias 13 e 14 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo, o I Fórum da Internet no Brasil. O evento terá representantes do governo, do segmento empresarial, do terceiro setor e comunidade acadêmica, para discutir os desafios atuais e futuros da Internet no país.
São mais de 1000 participantes debatendo e posicionando sobre os temas e questões mais relevantes para a evolução da Internet no Brasil.
Se você tem interesse em ajudar na organização e na condução da boa dinâmica do Fórum, seja um voluntário!
A pessoa deve ser pró-ativa, comunicativa, ágil, ter conhecimento em editores de apresentação e ter acima de 16 anos.
Disponibilidade de horários: dias 13 e 14 de outubro, das 9 às 19 hs.
Os interessados devem enviar email identificando no campo do assunto “Voluntário” para forumdainternet@cgi.br
São mais de 1000 participantes debatendo e posicionando sobre os temas e questões mais relevantes para a evolução da Internet no Brasil.
Se você tem interesse em ajudar na organização e na condução da boa dinâmica do Fórum, seja um voluntário!
A pessoa deve ser pró-ativa, comunicativa, ágil, ter conhecimento em editores de apresentação e ter acima de 16 anos.
Disponibilidade de horários: dias 13 e 14 de outubro, das 9 às 19 hs.
Os interessados devem enviar email identificando no campo do assunto “Voluntário” para forumdainternet@cgi.br
O blog do Google Brasil: O botão +1, usado mais de 4 bilhões de vezes por d...: Em junho, lançamos o botão +1 para sites para facilitar a recomendação de conteúdo na web. Em julho, o botão +1 superou os 2 bilh...
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Tablet mais barato do mundo lançado na ÍNDIA
05/10/2011 - 16:09:18
Tablet mais barato do mundo é lançado na Índia
Destinado a estudantes, Aakash terá versão comercial que custará US$ 60Tweet
RIO DE JANEIRO (Da Redação), 5 de outubro - Segundo informações da agência de notícias Reuters, a Índia apresentou nesta quarta-feira (5) o que diz ser o tablet mais barato do mundo. Batizado e Aakash (céu em hindi), o aparelho é destinado a estudantes ao preço subsidiado de 35 dólares.
O governo local já está comprando as primeiras unidades do dispositivo por 50 dólares cada de uma empresa inglesa que está montando os dispositivos no país asiático. Inicialmente, os tablets serão fornecidos de graça para os estudantes.
Segundo o ministro das Telecomunicações e da Educação da Índia, Kapil Sibal, o tablet contribuirá para a ascensão dos menos economicamente favorecidos. "Os ricos têm acesso ao mundo digital, os pobres e comuns têm sido excluídos. Aakash terminará com a divisão digital", acredita.
Uma versão do produto destinada ao varejo custará cerca de US$ 60. JW.
Tablet mais barato do mundo é lançado na Índia
Destinado a estudantes, Aakash terá versão comercial que custará US$ 60Tweet
RIO DE JANEIRO (Da Redação), 5 de outubro - Segundo informações da agência de notícias Reuters, a Índia apresentou nesta quarta-feira (5) o que diz ser o tablet mais barato do mundo. Batizado e Aakash (céu em hindi), o aparelho é destinado a estudantes ao preço subsidiado de 35 dólares.
O governo local já está comprando as primeiras unidades do dispositivo por 50 dólares cada de uma empresa inglesa que está montando os dispositivos no país asiático. Inicialmente, os tablets serão fornecidos de graça para os estudantes.
Segundo o ministro das Telecomunicações e da Educação da Índia, Kapil Sibal, o tablet contribuirá para a ascensão dos menos economicamente favorecidos. "Os ricos têm acesso ao mundo digital, os pobres e comuns têm sido excluídos. Aakash terminará com a divisão digital", acredita.
Uma versão do produto destinada ao varejo custará cerca de US$ 60. JW.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
MENINADA DO MEU CORAÇÃO(12 outubro)
Helder X Simões via Marcos Rolim
MENINADA DE RUA DO MEU CORAÇÃO
À época da passagem de minha mãe para o mundo das estrelas e crianças encantadas iguais ao sonho de Walt Disney, reiniciei trabalho voluntário, antes vinculado a uma Organização Não Governamental, que defende Meninos e Meninas (chamados de Rua, mas que tem família ), em situação de risco e vulnerabilidade social, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Uma das atividades com abordagem pedagógica era ensinar técnicas de basquetebol, à noite, inclusive aqueles meninos e meninas usuários da droga da moda, década de 90, ainda o "loló", uma mistura de ingredientes tóxicos, anestesia perigosa a fome, escudo falso a violência das ruas e madrugadas ao relento, interior do Parque Marinha do Brasil.Grupo cresceu e, a maioria, integrou-se a EPA(Escola aberta), mantida pela Prefeitura ali próximo.VALEU NASCER NO DIA DA CRIANÇA.< www.profhelder.blogspot.com >
MENINADA DE RUA DO MEU CORAÇÃO
À época da passagem de minha mãe para o mundo das estrelas e crianças encantadas iguais ao sonho de Walt Disney, reiniciei trabalho voluntário, antes vinculado a uma Organização Não Governamental, que defende Meninos e Meninas (chamados de Rua, mas que tem família ), em situação de risco e vulnerabilidade social, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Uma das atividades com abordagem pedagógica era ensinar técnicas de basquetebol, à noite, inclusive aqueles meninos e meninas usuários da droga da moda, década de 90, ainda o "loló", uma mistura de ingredientes tóxicos, anestesia perigosa a fome, escudo falso a violência das ruas e madrugadas ao relento, interior do Parque Marinha do Brasil.Grupo cresceu e, a maioria, integrou-se a EPA(Escola aberta), mantida pela Prefeitura ali próximo.VALEU NASCER NO DIA DA CRIANÇA.< www.profhelder.blogspot.com >
LIÇÃO REAL DE VIDA AO PROFHELDER;"Meninada de rua do meu coração"
MENINADA DE RUA DO MEU CORAÇÃO
À época da passagem de minha mãe para o mundo das estrelas e crianças encantadas iguais ao sonho de Walt Disney, reiniciei trabalho voluntário, antes vinculado a uma Organização Não Governamental, que defende Meninos e Meninas (chamados de Rua, mas que tem família ), em situação de risco e vulnerabilidade social, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Uma das atividades com abordagem pedagógica era ensinar técnicas de basquetebol, à noite, inclusive aqueles meninos e meninas usuários da droga da moda, década de 90, ainda o "loló", uma mistura de ingredientes tóxicos, anestesia perigosa a fome, escudo falso a violência das ruas e madrugadas ao relento, interior do Parque Marinha do Brasil.Grupo cresceu e, a maioria, integrou-se a EPA(Escola aberta), mantida pela Prefeitura ali próximo.VALEU NASCER NO DIA DA CRIANÇA.< www.profhelder.blogspot.com >
À época da passagem de minha mãe para o mundo das estrelas e crianças encantadas iguais ao sonho de Walt Disney, reiniciei trabalho voluntário, antes vinculado a uma Organização Não Governamental, que defende Meninos e Meninas (chamados de Rua, mas que tem família ), em situação de risco e vulnerabilidade social, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Uma das atividades com abordagem pedagógica era ensinar técnicas de basquetebol, à noite, inclusive aqueles meninos e meninas usuários da droga da moda, década de 90, ainda o "loló", uma mistura de ingredientes tóxicos, anestesia perigosa a fome, escudo falso a violência das ruas e madrugadas ao relento, interior do Parque Marinha do Brasil.Grupo cresceu e, a maioria, integrou-se a EPA(Escola aberta), mantida pela Prefeitura ali próximo.VALEU NASCER NO DIA DA CRIANÇA.< www.profhelder.blogspot.com >
Conteúdo de Licenciamento Grátis( leitura recomendada a professores/as)
Licenciamento de Conteúdo para Professores
http://psfl.in/1m | Publicado em março 17, 2011 como: Orientações | Comentários desativados
Conteúdo na Web tem Dono?
Antes mesmo de pensar nas possibilidades de uma Web de escrita e leitura para contextos educacionais convém discutir, brevemente, as questões legais acerca do licenciamento de obras, direitos autorais e correlatos.
No Brasil, os direitos autorais são regidos pela Lei 9610 e todo conteúdo publicado (inclusive na internet!), independente da vontade do autor, está regulamentado por esta lei. Isso siginifica que você precisa ter cuidado ao usar material (textos, imagens, sons, etc) disponíveis na internet nas suas produções.
A lei dos direitos autorais foi escrita numa época em que o acesso as informações e a disponibilidade das mesmas era muito distintas dos tempos atuais… Hoje é possível licenciar seu conteúdo com licenças mais adequadas a Era da Informação!
Licenças da Era Industrial ou da Era da Informação, você decide!
A Creative Commons é uma licença de distribuição bem flexível que te permite, desde uma restrição análoga ao copyright até uma restrição mais branda, com direito a remixagem e uso comercial da sua produção, inclusive! Você escolhe como quer que utilizem a sua obra intelectual!
Ainda sobre a Creative Commons, é preciso esclarecer que ela está dentro do ordenamento jurídico brasileiro. É a opinião de vários especialistas, por exempo o Mestre em Direito pela Fundação Getúlio Vargas, Sérgio Branco!
Isso significa que, se alguém usa seu conteúdo de modo abusivo à forma que você o licenciou, os caminhos para combater os abusos serão os mesmos… Notificação extra ou judicial e todos as chateações decorrentes deste caminho, para ambas as licenças!
Agora, pense por um instante, se você restringe o seu uso, obrigando por padrão o pedido formal do mesmo! O alcance da sua obra será maior ou menor?
O surgimento de licenças menos restritivas, não é uma questão de comunistas ou coisa parecida! Nem se trata de uma questão de preguiça de se consultar o autor e etc.
É uma demanda de uma sociedade que produz informação e conhecimento de uma forma abundante, descentralizada e rica! O Copyright teve seu papel quando o acesso a informação era tecnologicamente restrito e a quantidade de informação disponível era escassa!
Obviamente que é absolutamente legítimo que você escolha a licença de seu agrado (e que atenda as suas convicções e necessidades comerciais e etc…), mas o alcance de suas idéias vai ser, em parte, restrito a escolha da forma como você quer distribuí-lo!
Dizendo de outra forma! As licenças menos restritivas como fdl, bsd, Creative Commons e etc … têm como principal função criar facilidades para aqueles que utilizam a produção alheia de modo correto, socialmente justo e nos melhor estilo ganha-ganha (todas as partes são beneficiadas!).
Elas não são, nem têm a pretensão de ser, a ferramenta de combate ao uso parasita da obra alheia!
Este é o ponto central! Usar licenças menos restiritivas impedem tanto quanto as licenças restritivas o uso ilegal de sua obra! Mas usar licenças restritivas, reduz o uso e alcançe de sua obra por pessoas que fazem bom uso (dentro do que você permitiu) da sua obra!
Os custos deste retrocesso valem a pena? Essa é a questão que qualquer produtor de conteúdo da Era da Informação precisa responder!
Recursos disponíveis sob Creative Commons
Você pode procurar por fotos no Flickr para ilustrar suas produções, que estejam licenciadas sob Creative Commons seguindo este apontador.
Neste apontador você pode procurar por vídeos licenciados sob Creative Commons.
E materiais educacionais licenciados sob Creative Commons podem ser pesquisados neste apontador aqui ou no Portal do Professor do MEC.
Leituras Recomendadas
Ascensão do Creative Commons – Por que os grandes da Web, como Yahoo e Google apostam na Creative Commons
Creative Commons na Wikipedia – Verbete na Wikipedia sobre a Creative Commons
Você já escolheu a licença para a sua produção na web?
http://psfl.in/1m | Publicado em março 17, 2011 como: Orientações | Comentários desativados
Conteúdo na Web tem Dono?
Antes mesmo de pensar nas possibilidades de uma Web de escrita e leitura para contextos educacionais convém discutir, brevemente, as questões legais acerca do licenciamento de obras, direitos autorais e correlatos.
No Brasil, os direitos autorais são regidos pela Lei 9610 e todo conteúdo publicado (inclusive na internet!), independente da vontade do autor, está regulamentado por esta lei. Isso siginifica que você precisa ter cuidado ao usar material (textos, imagens, sons, etc) disponíveis na internet nas suas produções.
A lei dos direitos autorais foi escrita numa época em que o acesso as informações e a disponibilidade das mesmas era muito distintas dos tempos atuais… Hoje é possível licenciar seu conteúdo com licenças mais adequadas a Era da Informação!
Licenças da Era Industrial ou da Era da Informação, você decide!
A Creative Commons é uma licença de distribuição bem flexível que te permite, desde uma restrição análoga ao copyright até uma restrição mais branda, com direito a remixagem e uso comercial da sua produção, inclusive! Você escolhe como quer que utilizem a sua obra intelectual!
Ainda sobre a Creative Commons, é preciso esclarecer que ela está dentro do ordenamento jurídico brasileiro. É a opinião de vários especialistas, por exempo o Mestre em Direito pela Fundação Getúlio Vargas, Sérgio Branco!
Isso significa que, se alguém usa seu conteúdo de modo abusivo à forma que você o licenciou, os caminhos para combater os abusos serão os mesmos… Notificação extra ou judicial e todos as chateações decorrentes deste caminho, para ambas as licenças!
Agora, pense por um instante, se você restringe o seu uso, obrigando por padrão o pedido formal do mesmo! O alcance da sua obra será maior ou menor?
O surgimento de licenças menos restritivas, não é uma questão de comunistas ou coisa parecida! Nem se trata de uma questão de preguiça de se consultar o autor e etc.
É uma demanda de uma sociedade que produz informação e conhecimento de uma forma abundante, descentralizada e rica! O Copyright teve seu papel quando o acesso a informação era tecnologicamente restrito e a quantidade de informação disponível era escassa!
Obviamente que é absolutamente legítimo que você escolha a licença de seu agrado (e que atenda as suas convicções e necessidades comerciais e etc…), mas o alcance de suas idéias vai ser, em parte, restrito a escolha da forma como você quer distribuí-lo!
Dizendo de outra forma! As licenças menos restritivas como fdl, bsd, Creative Commons e etc … têm como principal função criar facilidades para aqueles que utilizam a produção alheia de modo correto, socialmente justo e nos melhor estilo ganha-ganha (todas as partes são beneficiadas!).
Elas não são, nem têm a pretensão de ser, a ferramenta de combate ao uso parasita da obra alheia!
Este é o ponto central! Usar licenças menos restiritivas impedem tanto quanto as licenças restritivas o uso ilegal de sua obra! Mas usar licenças restritivas, reduz o uso e alcançe de sua obra por pessoas que fazem bom uso (dentro do que você permitiu) da sua obra!
Os custos deste retrocesso valem a pena? Essa é a questão que qualquer produtor de conteúdo da Era da Informação precisa responder!
Recursos disponíveis sob Creative Commons
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E materiais educacionais licenciados sob Creative Commons podem ser pesquisados neste apontador aqui ou no Portal do Professor do MEC.
Leituras Recomendadas
Ascensão do Creative Commons – Por que os grandes da Web, como Yahoo e Google apostam na Creative Commons
Creative Commons na Wikipedia – Verbete na Wikipedia sobre a Creative Commons
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terça-feira, 4 de outubro de 2011
Acesse esta Rede de Jornalismo pela cidadania crítica?
Vale. - também aqui - lembrar ensinamentos de Marilena Chauí, uma das mais importantes intelectuais brasileiras, quando alia CRISE, que engendra ciclos do Capitalismo mundial, com a natureza perversa desse sistema, raramente contextualizados em diferentes canais multimídias locais.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
ALERTAR POR DIREITOS HUMANOS:Genocídio Infantil?
Postado por Prof Helder (Fome: No Brasil, a cada 5 minutos uma criança morre, a maioria de doenças da Fome.Fonte: UNICEF COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO INFANTIL:cada minuto muere una persona por un disparo. Más de 500.000 personas, cada año. En las calles de las ciudades de todo el mundo hay más de 700 millones de armas ligeras. Cada año se fabrican más de ocho millones de armas y 16.000 millones de municiones. Hay más de 300.000 niños que participan en algún conflicto bélico.
Video DOCUMENTÁRIO LIÇÃO DE CASA: Assistir e debatermos!!!!
via Marcos Rolim
Boa notícia: o documentário Cortina de Fumaça está disponível legalmente na internet em http://bit.ly/o75yHN
Cortina de Fumaça coloca em questão a política de drogas vigente no mundo, dando atenção às suas conseqüências político-sociais em países como o Brasil e em particular na cidade do Rio de Janeiro. Através de entrevistas nacionais e internacionais com médicos, pesquisadores, advogados, líderes, policiais e representantes de movimentos civis, o jornalista Rodrigo Mac Niven traz a nova visão do início do século 21 que rompe o silêncio e questiona o discurso proibicionista.
Boa notícia: o documentário Cortina de Fumaça está disponível legalmente na internet em http://bit.ly/o75yHN
Cortina de Fumaça coloca em questão a política de drogas vigente no mundo, dando atenção às suas conseqüências político-sociais em países como o Brasil e em particular na cidade do Rio de Janeiro. Através de entrevistas nacionais e internacionais com médicos, pesquisadores, advogados, líderes, policiais e representantes de movimentos civis, o jornalista Rodrigo Mac Niven traz a nova visão do início do século 21 que rompe o silêncio e questiona o discurso proibicionista.
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terça-feira, 27 de setembro de 2011
Brasil tem Internet mais lenta que Haiti e Etiópia, diz pesquisa www.portaleducacao.com.br
No Portal Educação você confere: Brasil tem Internet mais lenta que Haiti e Etiópia, diz pesquisa
www.portaleducacao.com.br
www.portaleducacao.com.br
terça-feira, 20 de setembro de 2011
ONU ALERTA sobre ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS:mais riscos?
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19/09/2011 - 14h59
ONU acusa indústria alimentícia de colocar saúde pública em risco
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DA FRANCE PRESSE
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acusou nesta segunda-feira algumas indústrias agroalimentícias de colocar a saúde pública em situação de risco para proteger seus interesses. A declaração foi feita em uma reunião de cúpula sobre doenças não transmissíveis realizada à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, que contou com a participação da presidente brasileira Dilma Rousseff.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 36 das 57 milhões de mortes registradas no mundo anualmente se devem a doenças não transmissíveis como o câncer, diabetes, problemas respiratórios crônicos e hipertensão.
As estimativas da OMS assinalam que o número de mortos provocadas por estas doenças aumentará 17% no mundo na próxima década, com uma alta de 24% apenas no continente africano.
Ao referir-se a estas doenças, Ban Ki-moon recordou que existe "uma história vergonhosa e bem documentada de certos atores na indústria que ignoram a ciência e, inclusive, sua própria pesquisa".
"Deste modo, colocam a saúde pública em situação de risco para proteger seus interesses", denunciou o secretário-geral da ONU.
Neste sentido, Dilma Rousseff pediu à ONU um aumento nos esforços para prevenir e tratar as doenças não transmissíveis, recordando o enorme custo humano e material que representam, ou seja, 1% do PIB no caso do Brasil.
"Em meu país, 72% das mortes não violentas entre as pessoas com menos de 70 anos estão vinculadas a estas doenças. Atingem também os mais pobres e os mais vulneráveis", declarou Rousseff em uma reunião de alto nível sobre este tema organizada em Nova York à margem da Assembleia Geral anual das Nações Unidas.
"As perdas em produtividade e os custos ocasionados nas famílias e no sistema unificado de saúde equivalem a 1% de nosso PIB", explicou.
A presidente ressaltou que "a desproporcional incidência entre os mais pobres prova a necessidade de uma resposta global a este problema", e lembrou que, para o Brasil, "o acesso a medicamentos faz parte do direito humano à saúde".
Ela enumerou algumas das iniciativas lançadas por seu governo, como, por exemplo, a favor de quem sofre de hipertensão e diabetes, através da distribuição gratuita de medicamentos em 20.000 farmácias públicas e particulares.
"Nos primeiros sete meses de meu governo, este esforço alcançou 5,4 milhões de brasileiro, triplicando o número de pacientes beneficiados", exemplificou.
De fato, 80% das mortes por doenças não transmissíveis ocorrem em países em desenvolvimento.
A diretora da OMS, Margaret Chan, denunciou, por sua vez, os problemas ocasionados pelo cigarro, o sal, as gorduras saturadas e o açúcar.
"Nós nos manifestamos por mudanças no modo de vida e as regras rígidas para o uso do tabaco", afirmou Chan, para quem a reunião desta segunda "deve ser um chamado para despertar os governos no mais alto nível, levando em conta que o aumento mundial destas doenças é um desastre anunciado".
"Os alimentos preparados ricos em sal, gorduras saturadas e açúcar se converteram nos novos alimentos de primeira necessidade em quase todos os cantos do mudo", criticou Chan.
"Para um número crescente de pessoas são a forma mais barata para encher o estômago que tem fome", enfatizou.
Uma declaração política adotada pelos chefes de Estado e de governo dos 13 países membros da ONU se refere de forma explícita ao efeito prejudicial do sal, açúcar e gorduras saturadas nos regimes alimentares.
Uma fonte da ONU, que não quis revelar sua identidade, enfatizou que esta menção sofreu a resistência por parte de lobbies vinculados a esses produtos.
Esta reunião sobre doenças não transmissíveis é a primeira de importância na agenda da Assembleia Geral anual da ONU em Nova York.
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19/09/2011 - 14h59
ONU acusa indústria alimentícia de colocar saúde pública em risco
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DA FRANCE PRESSE
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acusou nesta segunda-feira algumas indústrias agroalimentícias de colocar a saúde pública em situação de risco para proteger seus interesses. A declaração foi feita em uma reunião de cúpula sobre doenças não transmissíveis realizada à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, que contou com a participação da presidente brasileira Dilma Rousseff.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 36 das 57 milhões de mortes registradas no mundo anualmente se devem a doenças não transmissíveis como o câncer, diabetes, problemas respiratórios crônicos e hipertensão.
As estimativas da OMS assinalam que o número de mortos provocadas por estas doenças aumentará 17% no mundo na próxima década, com uma alta de 24% apenas no continente africano.
Ao referir-se a estas doenças, Ban Ki-moon recordou que existe "uma história vergonhosa e bem documentada de certos atores na indústria que ignoram a ciência e, inclusive, sua própria pesquisa".
"Deste modo, colocam a saúde pública em situação de risco para proteger seus interesses", denunciou o secretário-geral da ONU.
Neste sentido, Dilma Rousseff pediu à ONU um aumento nos esforços para prevenir e tratar as doenças não transmissíveis, recordando o enorme custo humano e material que representam, ou seja, 1% do PIB no caso do Brasil.
"Em meu país, 72% das mortes não violentas entre as pessoas com menos de 70 anos estão vinculadas a estas doenças. Atingem também os mais pobres e os mais vulneráveis", declarou Rousseff em uma reunião de alto nível sobre este tema organizada em Nova York à margem da Assembleia Geral anual das Nações Unidas.
"As perdas em produtividade e os custos ocasionados nas famílias e no sistema unificado de saúde equivalem a 1% de nosso PIB", explicou.
A presidente ressaltou que "a desproporcional incidência entre os mais pobres prova a necessidade de uma resposta global a este problema", e lembrou que, para o Brasil, "o acesso a medicamentos faz parte do direito humano à saúde".
Ela enumerou algumas das iniciativas lançadas por seu governo, como, por exemplo, a favor de quem sofre de hipertensão e diabetes, através da distribuição gratuita de medicamentos em 20.000 farmácias públicas e particulares.
"Nos primeiros sete meses de meu governo, este esforço alcançou 5,4 milhões de brasileiro, triplicando o número de pacientes beneficiados", exemplificou.
De fato, 80% das mortes por doenças não transmissíveis ocorrem em países em desenvolvimento.
A diretora da OMS, Margaret Chan, denunciou, por sua vez, os problemas ocasionados pelo cigarro, o sal, as gorduras saturadas e o açúcar.
"Nós nos manifestamos por mudanças no modo de vida e as regras rígidas para o uso do tabaco", afirmou Chan, para quem a reunião desta segunda "deve ser um chamado para despertar os governos no mais alto nível, levando em conta que o aumento mundial destas doenças é um desastre anunciado".
"Os alimentos preparados ricos em sal, gorduras saturadas e açúcar se converteram nos novos alimentos de primeira necessidade em quase todos os cantos do mudo", criticou Chan.
"Para um número crescente de pessoas são a forma mais barata para encher o estômago que tem fome", enfatizou.
Uma declaração política adotada pelos chefes de Estado e de governo dos 13 países membros da ONU se refere de forma explícita ao efeito prejudicial do sal, açúcar e gorduras saturadas nos regimes alimentares.
Uma fonte da ONU, que não quis revelar sua identidade, enfatizou que esta menção sofreu a resistência por parte de lobbies vinculados a esses produtos.
Esta reunião sobre doenças não transmissíveis é a primeira de importância na agenda da Assembleia Geral anual da ONU em Nova York.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
A DAS ONDAS DO MAR: PESQUISA BRASILEIRA
Coppe testa o potencial das ondas
A Coppe/UFRJ vai instalar nas próximas semanas no litoral de Fortaleza (CE) a primeira planta do Projeto Usina de Ondas, tecnologia inovadora que gera energia elétrica a partir de ondulações no litoral brasileiro. O projeto vem sendo desenvolvido desde meados da última década como uma alternativa diante de uma iminente crise energética mundial. Na primeira fase envolveu testes no tanque marítimo do LabOceano, o laboratório de tecnologia oceânica da UFRJ. Segundo o diretor da Coppe, Luiz Pingueli Rosa, será testada a viabilidade econômica do projeto, que conta com a participação da belga Tracbel, concessionária de geração de energia.
"A Tracbel financiou a construção da usina e a Coppe vai operá-la. Não podemos divulgar datas, mas adianto que a usina será instalada em breve", diz Rosa.
A informação é do jornal Valor, 15-09-2011.
Desde a sua concepção o projeto passa por mudanças tecnológicas. A ideia original previa a instalação de usinas para gerar energia a partir da correnteza dos rios, por meio de turbinas. Estas acionariam bombas hidráulicas para injetar água em uma câmara para produzir eletricidade. O projeto atual prevê a geração de energia a partir da movimentação das ondas do mar. A Usina de Fortaleza é composta de braços que ficam presos a flutuadores fixos na água. "Com o sobe e desce das ondas os braços acionam um êmbolo que leva a água até uma câmara de armazenamento; em seguida, este jorra grandes volumes de água para uma turbina, como se fosse uma hidroelétrica marítima", explica.
A Coppe/UFRJ vai instalar nas próximas semanas no litoral de Fortaleza (CE) a primeira planta do Projeto Usina de Ondas, tecnologia inovadora que gera energia elétrica a partir de ondulações no litoral brasileiro. O projeto vem sendo desenvolvido desde meados da última década como uma alternativa diante de uma iminente crise energética mundial. Na primeira fase envolveu testes no tanque marítimo do LabOceano, o laboratório de tecnologia oceânica da UFRJ. Segundo o diretor da Coppe, Luiz Pingueli Rosa, será testada a viabilidade econômica do projeto, que conta com a participação da belga Tracbel, concessionária de geração de energia.
"A Tracbel financiou a construção da usina e a Coppe vai operá-la. Não podemos divulgar datas, mas adianto que a usina será instalada em breve", diz Rosa.
A informação é do jornal Valor, 15-09-2011.
Desde a sua concepção o projeto passa por mudanças tecnológicas. A ideia original previa a instalação de usinas para gerar energia a partir da correnteza dos rios, por meio de turbinas. Estas acionariam bombas hidráulicas para injetar água em uma câmara para produzir eletricidade. O projeto atual prevê a geração de energia a partir da movimentação das ondas do mar. A Usina de Fortaleza é composta de braços que ficam presos a flutuadores fixos na água. "Com o sobe e desce das ondas os braços acionam um êmbolo que leva a água até uma câmara de armazenamento; em seguida, este jorra grandes volumes de água para uma turbina, como se fosse uma hidroelétrica marítima", explica.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
EPIDEMIA DA DOENÇA MENTAL - REVISTA PIAUÍ edição 59
revistapiaui.estadao.com.br
A epidemia de doença mental
Por que cresce assombrosamente o número de pessoas com transtornos mentais e de pacientes tratados com antidepressivos e outros medicamentos psicoativos
por Marcia Angell
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arece que os americanos estão em meio a uma violenta epidemia de doenças mentais. A quantidade de pessoas incapacitadas por transtornos mentais, e com direito a receber a renda de seguridade suplementar ou o seguro por incapacidade, aumentou quase duas vezes e meia entre 1987 e 2007 – de 1 em cada 184 americanos passou para 1 em 76.
No que se refere às crianças, o número é ainda mais espantoso: um aumento de 35 vezes nas mesmas duas décadas. A doença mental é hoje a principal causa de incapacitação de crianças, bem à frente de deficiências físicas como a paralisia cerebral ou a síndrome de Down.
Um grande estudo de adultos (selecionados aleatoriamente), patrocinado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental, realizado entre 2001 e 2003, descobriu que um percentual assombroso de 46% se encaixava nos critérios estabelecidos pela Associação Americana de Psiquiatria, por ter tido em algum momento de suas vidas pelo menos uma doença mental, entre quatro categorias.
As categorias seriam “transtornos de ansiedade”, que incluem fobias e estresse pós-traumático; “transtornos de humor”, como depressão e transtorno bipolar; “transtornos de controle dos impulsos”, que abrangem problemas de comportamento e de déficit de atenção/hiperatividade; e “transtornos causados pelo uso de substâncias”, como o abuso de álcool e drogas. A maioria dos pesquisados se encaixava em mais de um diagnóstico.
O tratamento médico desses transtornos quase sempre implica o uso de drogas psicoativas, os medicamentos que afetam o estado mental.Na verdade, a maioria dos psiquiatras usa apenas remédios no tratamento e encaminha os pacientes para psicólogos ou terapeutas se acha que uma psicoterapia é igualmente necessária.
A substituição da “terapia de conversa” pela das drogas como tratamento majoritário coincide com o surgimento, nas últimas quatro décadas, da teoria de que as doenças mentais são causadas por desequilíbrios químicos no cérebro, que podem ser corrigidos pelo uso de medicamentos. Essa teoria passou a ser amplamente aceita pela mídia e pelo público, bem como pelos médicos, depois que o Prozac chegou ao mercado, em 1987, e foi intensamente divulgado como um corretivo para a deficiência de serotonina no cérebro.
O número de pessoas depressivas tratadas triplicou nos dez anos seguintes e, hoje, cerca de 10% dos americanos com mais de 6 anos de idade tomam antidepressivos. O aumento do uso de drogas para tratar a psicose é ainda mais impressionante. A nova geração de antipsicóticos, como o Risperdal, o Zyprexa e o Seroquel, ultrapassou os redutores do colesterol no topo da lista de remédios mais vendidos nos Estados Unidos.
que está acontecendo? A preponderância das doenças mentais sobre as físicas é de fato tão alta, e continua a crescer? Se os transtornos mentais são biologicamente determinados e não um produto de influências ambientais, é plausível supor que o seu crescimento seja real? Ou será que estamos aprendendo a diagnosticar transtornos mentais que sempre existiram? Ou, por outro lado, será que simplesmente ampliamos os critérios para definir as doenças mentais, de modo que quase todo mundo agora sofre de uma delas? E o que dizer dos medicamentos que viraram a base dos tratamentos? Eles funcionam? E, se funcionam, não deveríamos esperar que o número de doentes mentais estivesse em declínio e não em ascensão?
Essas são as questões que preocupam os autores de três livros provocativos, aqui analisados. Eles vêm de diferentes formações: Irving Kirsch é psicólogo da Universidade de Hull, no Reino Unido; Robert Whitaker é jornalista; e Daniel Carlat é um psiquiatra que clinica num subúrbio de Boston.
Os autores enfatizam diferentes aspectos da epidemia de doença mental. Kirsch está preocupado em saber se os antidepressivos funcionam. Whitaker pergunta se as drogas psicoativas não criam problemas piores do que aqueles que resolvem. Carlat examina como a sua profissão se aliou à indústria farmacêutica e é manipulada por ela. Mas, apesar de suas diferenças, os três estão de acordo sobre algumas questões importantes.
Em primeiro lugar, concordam que é preocupante a extensão com a qual as empresas que vendem drogas psicoativas – por meio de várias formas de marketing, tanto legal como ilegal, e usando o que muita gente chamaria de suborno – passaram a determinar o que constitui uma doença mental e como os distúrbios devem ser diagnosticados e tratados.
Em segundo lugar, nenhum dos três aceita a teoria de que a doença mental é provocada por um desequilíbrio químico no cérebro. Whitaker conta que essa teoria surgiu pouco depois que os remédios psicotrópicos foram introduzidos no mercado, na década de 50. O primeiro foi o Amplictil (clorpromazina), lançado em 1954, que rapidamente passou a ser muito usado em hospitais psiquiátricos, para acalmar pacientes psicóticos, sobretudo os com esquizofrenia. No ano seguinte, chegou o Miltown (meprobamato), vendido para tratar a ansiedade em pacientes ambulatoriais. Em 1957, o Marsilid (iproniazid) entrou no mercado como um “energizador psíquico” para tratar a depressão.
Desse modo, no curto espaço de três anos, tornaram-se disponíveis medicamentos para tratar aquelas que, na época, eram consideradas as três principais categorias de doença mental – ansiedade, psicose e depressão – e a psiquiatria transformou-se totalmente. Essas drogas, no entanto, não haviam sido desenvolvidas para tratar doenças mentais. Elas foram derivadas de remédios destinados ao combate de infecções, e se descobriu por acaso que alteravam o estado mental.
No início, ninguém tinha ideia de como funcionavam. Elas simplesmente embotavam sintomas mentais perturbadores. Durante a década seguinte, pesquisadores descobriram que essas drogas afetavam os níveis de certas substâncias químicas no cérebro.
m pouco de pano de fundo, e necessariamente muito simplificado: o cérebro contém bilhões de células nervosas, os neurônios, distribuídos em redes complexas, que se comunicam uns com os outros constantemente. O neurônio típico tem múltiplas extensões filamentosas (uma chamada axônio e as outras chamadas dendritos), por meio das quais ele envia e recebe sinais de outros neurônios. Para um neurônio se comunicar com outro, no entanto, o sinal deve ser transmitido através do minúsculo espaço que os separa, a sinapse. Para conseguir isso, o axônio do neurônio libera na sinapse uma substância química chamada neurotransmissor.
O neurotransmissor atravessa a sinapse e liga-se a receptores no segundo neurônio, muitas vezes um dendrito, ativando ou inibindo a célula receptora. Os axônios têm vários terminais e, desse modo, cada neurônio tem múltiplas sinapses. Depois, o neurotransmissor é reabsorvido pelo primeiro neurônio ou metabolizado pelas enzimas, de tal modo que o status quo anterior é restaurado.
uando se descobriu que as drogas psicoativas afetam os níveis de neurotransmissores, surgiu a teoria de que a causa da doença mental é uma anormalidade na concentração cerebral desses elementos químicos, a qual é combatida pelo medicamento apropriado.
Por exemplo: como o Thorazine diminui os níveis de dopamina no cérebro, postulou-se que psicoses como a esquizofrenia são causadas por excesso de dopamina. Ou então: tendo em vista que alguns antidepressivos aumentam os níveis do neurotransmissor chamado serotonina, defendeu-se que a depressão é causada pela escassez de serotonina. Antidepressivos como o Prozac ou o Celexa impedem a reabsorção de serotonina pelos neurônios que a liberam, e assim ela permanece mais nas sinapses e ativa outros neurônios. Desse modo, em vez de desenvolver um medicamento para tratar uma anormalidade, uma anormalidade foi postulada para se adequar a um medicamento.
Trata-se de uma grande pirueta lógica, como apontam os três autores. Era perfeitamente possível que as drogas que afetam os níveis dos neurotransmissores pudessem aliviar os sintomas, mesmo que os neurotransmissores não tivessem nada a ver com a doença. Como escreve Carlat: “Por essa mesma lógica, se poderia argumentar que a causa de todos os estados de dor é uma deficiência de opiáceos, uma vez que analgésicos narcóticos ativam os receptores de opiáceos do cérebro.” Ou, do mesmo modo, se poderia dizer que as febres são causadas pela escassez de aspirina.
Mas o principal problema com essa teoria é que, após décadas tentando prová-la, os pesquisadores ainda estão de mãos vazias. Os três autores documentam o fracasso dos cientistas para encontrar boas provas a seu favor. Antes do tratamento, a função dos neurotransmissores parece ser normal nas pessoas com doença mental. Nas palavras de Whitaker:
Antes do tratamento, os pacientes diagnosticados com depressão, esquizofrenia e outros transtornos psiquiátricos não sofrem nenhum “desequilíbrio químico”. No entanto, depois que uma pessoa passa a tomar medicação psiquiátrica, que perturba a mecânica normal de uma via neuronal, seu cérebro começa a funcionar... anormalmente.
Carlat refere-se à teoria do desequilíbrio químico como um “mito” (que ele chama de “conveniente” porque reduziria o estigma da doença mental). E Kirsch,cujo livro centra-se na depressão, resume a questão assim: “Parece fora de dúvida que o conceito tradicional de considerar a depressão como um desequilíbrio químico no cérebro está simplesmente errado.” (O motivo da persistência dessa teoria, apesar da falta de provas, é um tema que tratarei adiante.)
Os remédios funcionam? Afinal de contas, independentemente da teoria, essa é a questão prática. Em seu livro seco e extremamente cativante, The Emperor’s New Drugs [As Novas Drogas do Imperador], Kirsch descreve os seus quinze anos de pesquisa científica para responder a essa pergunta, no que diz respeito aos antidepressivos.
Quando começou o trabalho em 1995, seu principal interesse eram os efeitos de placebos. Para estudá-los, ele e um colega revisaram 38 ensaios clínicos que comparavam vários tratamentos da depressão com placebos, ou comparavam a psicoterapia com nenhum tratamento. A maioria dessas experiências durava de seis a oito semanas, e durante esse período os pacientes tendiam a melhorar um pouco, mesmo se não tivessem nenhum tratamento.
Mas Kirsch descobriu que os placebos eram três vezes mais eficazes do que a ausência de tratamento. Isso não o surpreendeu. O que o surpreendeu mesmo foi que os antidepressivos foram apenas marginalmente mais úteis do que os placebos: 75% dos placebos foram tão eficazes quanto os antidepressivos. Kirsch resolveu então repetir o estudo, dessa vez com a análise de um conjunto de dados mais completo e padronizado.
Os dados que ele usou foram obtidos da Food and Drug Administration, a FDA [o órgão público americano encarregado do licenciamento e controle de medicamentos]. Quando buscam a aprovação da FDA para comercializar um novo remédio, os laboratórios farmacêuticos devem apresentar à agência todos os testes clínicos que patrocinaram. Os testes são geralmente duplo-cego e controlados com placebo. Ou seja: os pacientes participantes recebem aleatoriamente a droga ou o placebo, e nem eles nem os seus médicos sabem o que receberam.
Os pacientes são informados de que receberão ou um medicamento ativo ou um placebo. E também são avisados dos efeitos colaterais que podem ocorrer. Se dois testes comprovam que o medicamento é mais eficaz do que o placebo, ele é geralmente aprovado. Mas os laboratórios podem patrocinar quantos testes quiserem, e a maioria deles pode dar negativo – isto é, não mostrar a eficácia do remédio. Tudo o que eles precisam é de dois testes com resultados positivos. (Os resultados dos testes de um mesmo medicamento podem variar por muitas razões, entre elas a forma como o ensaio foi concebido e realizado, seu tamanho e os tipos de pacientes pesquisados.)
Por razões óbvias, as indústrias farmacêuticas fazem questão de que seus testes positivos sejam publicados em revistas médicas, e os médicos fiquem sabendo deles. Já os testes negativos ficam nas gavetas da FDA, que os considera propriedade privada e, portanto, confidenciais. Essa prática distorce a literatura médica, o ensino da medicina e as decisões de tratamento.
irsch e seus colegas usaram a Lei de Liberdade de Informação para obter as revisões da FDA de todos os testes clínicos controlados por placebo, positivos ou negativos, submetidos para a aprovação dos seis antidepressivos mais utilizados, aprovados entre 1987 e 1999: Prozac, Paxil, Zoloft, Celexa, Serzone e Effexor.
Ao todo, havia 42 testes das seis drogas. A maioria deles era negativo. No total, os placebos eram 82% tão eficazes quanto os medicamentos, tal como medido pela Escala de Depressão de Hamilton, uma classificação dos sintomas de depressão amplamente utilizada. A diferença média entre remédio e placebo era de apenas 1,8 ponto na Escala, uma diferença que, embora estatisticamente significativa, era insignificante do ponto de vista clínico. Os resultados foram quase os mesmos para as seis drogas: todos igualmente inexpressivos. No entanto, como os estudos positivos foram amplamente divulgados, enquanto os negativos eram escondidos, o público e os médicos passaram a acreditar que esses medicamentos antidepressivos eram altamente eficazes.
Kirsch ficou impressionado com outro achado inesperado. Em seu estudo anterior, e em trabalhos de outros, observara que até mesmo tratamentos com substâncias que não eram consideradas antidepressivas – como hormônio sintético da tireoide, opiáceos, sedativos, estimulantes e algumas ervas medicinais – eram tão eficazes quanto os antidepressivos para aliviar os sintomas da depressão. Kirsch escreve: “Quando administrados como antidepressivos, remédios que aumentam, diminuem ou não têm nenhuma influência sobre a serotonina aliviam a depressão mais ou menos no mesmo grau.”
que todos esses medicamentos “eficazes” tinham em comum era que produziam efeitos colaterais, sobre os quais os pacientes participantes haviam sido informados de que poderiam ocorrer.
Diante da descoberta de que quase qualquer comprimido com efeitos colaterais era ligeiramente mais eficaz no tratamento da depressão do que um placebo, Kirsch especulou que a presença de efeitos colaterais em indivíduos que recebem medicamentos lhes permitia adivinhar que recebiam tratamento ativo – e isso foi corroborado por entrevistas com pacientes e médicos –, o que os tornava mais propensos a relatar uma melhora. Ele sugere que a razão pela qual os antidepressivos parecem funcionar melhor no alívio de depressão grave do que em casos menos graves é que os pacientes com sintomas graves provavelmente tomam doses mais elevadas e, portanto, sofrem mais efeitos colaterais.
ara investigar melhor se os efeitos colaterais distorciam as respostas, Kirsch analisou alguns ensaios que utilizaram placebos “ativos”, em vez de inertes. Um placebo ativo é aquele que produz efeitos colaterais, como a atropina – droga que bloqueia a ação de certos tipos de fibras nervosas. Apesar de não ser um antidepressivo, a atropina causa, entre outras coisas, secura da boca. Em testes utilizando atropina como placebo, não houve diferença entre os antidepressivos e o placebo ativo. Todos tinham efeitos colaterais, e todos relataram o mesmo nível de melhora.
Kirsch registrou outras descobertas estranhas em testes clínicos de antidepressivos, entre elas o fato de que não há nenhuma curva de dose-resposta, ou seja, altas doses não funcionavam melhor do que as baixas, o que é extremamente improvável para medicamentos eficazes.
“Ao se juntar tudo isso”, escreve Kirsch,“chega-se à conclusão de que a diferença relativamente pequena entre medicamentos e placebos pode não ser um efeito verdadeiro do remédio. Em vez disso, pode ser um efeito placebo acentuado, produzido pelo fato de que alguns pacientes passaram a perceber que recebiam medicamentos ou placebos. Se este for o caso, então não há nenhum efeito antidepressivo dos medicamentos. Em vez de compararmos placebo com remédio, estávamos comparando placebos ‘normais’ com placebos ‘extrafortes’.”
Trata-se de uma conclusão surpreendente, que desafia a opinião médica, mas Kirsch chega a ela de uma forma cuidadosa e lógica. Psiquiatras que usam antidepressivos – e isso significa a maioria deles – e pacientes que os tomam talvez insistam que sabem por experiência clínica que os medicamentos funcionam.
Mas casos individuais são uma forma traiçoeira de avaliar tratamentos médicos, pois estão sujeitos a distorções. Eles podem sugerir hipóteses a serem estudadas, mas não podem prová-las. É por isso que o desenvolvimento do teste clínico duplo-cego, aleatório e controlado com placebo, foi um avanço tão importante na ciência médica, em meados do século passado. Histórias sobre sanguessugas, megadoses de vitamina cou vários outros tratamentos populares não suportariam o escrutínio de testes bem planejados. Kirsch é um defensor devotado do método científico e sua voz, portanto, traz objetividade a um tema muitas vezes influenciado por subjetividade, emoções ou, como veremos, interesse pessoal.
livro de Whitaker, Anatomy of an Epidemic [Anatomia de uma Epidemia], é mais amplo e polêmico. Ele leva em conta todas as doenças mentais, não apenas a depressão. EnquantoKirsch conclui que os antidepressivos não são provavelmente mais eficazes do que placebos, Whitaker conclui que eles e a maioria das drogas psicoativas não são apenas ineficazes, mas prejudiciais. Whitaker começa por observar que, se o tratamento de doenças mentais por meio de medicamentos disparou, o mesmo aconteceu com as patologias tratadas:
O número de doentes mentais incapacitados aumentou imensamente desde 1955 e durante as duas últimas décadas, período em que a prescrição de medicamentos psiquiátricos explodiu e o número de adultos e crianças incapacitados por doença mental aumentou numa taxa alucinante. Assim, chegamos a uma pergunta óbvia, embora herética: o paradigma de tratamento baseado em drogas poderia estar alimentando, de alguma maneira imprevista, essa praga dos tempos modernos?
Além disso, Whitaker sustenta que a história natural da doença mental mudou. Enquanto transtornos como esquizofrenia e depressão eram outrora episódicos, e cada episódio durava não mais de seis meses, sendo intercalado por longos períodos de normalidade, os distúrbios agora são crônicos e duram a vida inteira. Whitaker acredita que isso talvez aconteça porque os medicamentos, mesmo aqueles que aliviam os sintomas em curto prazo, causam em longo prazo danos mentais que continuam depois que a doença teria naturalmente se resolvido.
As provas que ele apresenta para essa teoria variam em qualidade. Whitaker não reconhece suficientemente a dificuldade de estudar a história natural de qualquer doença durante um período de cinquenta anos, no qual muitas circunstâncias mudaram, além do uso de medicamentos. É ainda mais difícil comparar resultados de longo prazo de pacientes tratados e não tratados. No entanto, os indícios de Whitaker são sugestivos, se não conclusivos.
e as drogas psicoativas causam danos, como afirma Whitaker, qual é o seu mecanismo? A resposta, ele acredita, encontra-se em seus efeitos sobre os neurotransmissores. É bem sabido que as drogas psicoativas perturbam os neurotransmissores, mesmo que essa não seja a causa primeira da doença.
Whitaker descreve uma cadeia de efeitos. Quando, por exemplo, um antidepressivo como o Celexa aumenta os níveis de serotonina nas sinapses, ele estimula mudanças compensatórias por meio de um processo chamado feedback negativo. Em reação aos altos níveis de serotonina, os neurônios que a secretam liberam menos dela, e os neurônios pós-sinápticos tornam-se insensíveis a ela. Na verdade, o cérebro está tentando anular os efeitos da droga. O mesmo vale para os medicamentos que bloqueiam neurotransmissores, exceto no sentido inverso.
A maioria dos antipsicóticos, por exemplo, bloqueia a dopamina, mas os neurônios pré-sinápticos compensam isso liberando mais dopamina, e os neurônios pós-sinápticos a aceitam com mais avidez.
As consequências do uso prolongado de drogas psicoativas, nas palavras de Steve Hyman, até recentemente reitor da Universidade de Harvard, são “alterações substanciais e de longa duração na função neural”.
Depois de várias semanas de drogas psicoativas, os esforços de compensação do cérebro começam a falhar e surgem efeitos colaterais que refletem o mecanismo de ação dos medicamentos. Antipsicóticos causam efeitos secundários que se assemelham ao mal de Parkinson, por causa do esgotamento de dopamina (que também se esgota no Parkinson). À medida que surgem efeitos colaterais, eles são tratados por outros medicamentos, e muitos pacientes acabam tomando um coquetel de drogas psicoativas, prescrito para um coquetel de diagnósticos. Os episódios de mania causada por antidepressivos podem levar a um novo diagnóstico de “transtorno bipolar” e ao tratamento com um “estabilizador de humor”, como Depokote (anticonvulsivo), acompanhado de uma das novas drogas antipsicóticas. E assim por diante.
A respeitada pesquisadora Nancy Andreasen e seus colegas publicaram indícios de que o uso de antipsicóticos está associado ao encolhimento do cérebro, e que o efeito está diretamente relacionado à dose e à duração do tratamento. Como Andreasen explicou ao New York Times: “O córtex pré-frontal não obtém o que precisa e vai sendo fechado pelos medicamentos. Isso reduz os sintomas psicóticos. E faz também com que o córtex pré-frontal se atrofie lentamente.”
Largar os remédios é extremamente difícil, segundo Whitaker, porque quando eles são retirados, os mecanismos compensatórios ficam sem oposição. Quando se retira o Celexa, os níveis de serotonina caem bruscamente porque os neurônios pré-sinápticos não estão liberando quantidades normais. Da mesma forma, quando se suspende um antipsicótico, os níveis de dopamina podem disparar.Os sintomas produzidos pela retirada de drogas psicoativas são confundidos com recaídas da doença original, o que pode levar psiquiatras a retomar o tratamento com remédios, talvez em doses mais elevadas.
Whitaker está indignado com o que considera uma epidemia iatrogênica (isto é, introduzida inadvertidamente pelos médicos) de disfunção cerebral, especialmente a causada pelo uso generalizado dos novos antipsicóticos, como o Zyprexa, que provoca graves efeitos colaterais. Eis o que ele chama de “experimento de pensamento rápido”:
Imagine que aparece de repente um vírus que faz com que as pessoas durmam doze, catorze horas por dia. As pessoas infectadas se movimentam devagar e parecem emocionalmente desligadas. Muitas ganham quantidades imensas de peso – 10, 20 e até 50 quilos. Os seus níveis de açúcar no sangue disparam, assim como os de colesterol.
Vários dos atingidos pela doença misteriosa – entre eles, crianças e adolescentes – se tornam diabéticos. O governo federal dá centenas de milhões de dólares aos cientistas para decifrar o funcionamento do vírus, e eles relatam que ele bloqueia uma multidão de receptores no cérebro. Enquanto isso, exames de ressonância magnética descobrem que, ao longo de vários anos, o vírus encolhe o córtex cerebral, e esta diminuição está ligada ao declínio cognitivo. O público aterrorizado clama por uma cura.
Ora, essa doença está, de fato, atingindo milhões de crianças e adultos. Acabamos de descrever os efeitos do antipsicótico Zyprexa, um dos mais vendidos do laboratório Eli Lilly.
eon Eisenberg, professor da Universidade Johns Hopkins e da Escola de Medicina de Harvard, escreveu que a psiquiatria americana passou,no final do século XX, de uma fase “descerebrada” para uma “desmentalizada”. Ele quis dizer que, antes das drogas psicoativas, os psiquiatras tinham pouco interesse por neurotransmissores ou outros aspectos físicos do cérebro. Em vez disso, aceitavam a visão freudiana de que a doença mental tinha suas raízes em conflitos inconscientes, geralmente com origem na infância, que afetavam a mente como se ela fosse separada do cérebro.
om a entrada em cena dessas drogas, na década de 50 – processo que se acelerou na década de 80 –, o foco mudou para o cérebro. Os psiquiatras começaram a se referir a si mesmos como psicofarmacologistas, e se interessaram cada vez menos pelas histórias de vida dos pacientes.
A preocupação deles era eliminar ou reduzir os sintomas, tratando os pacientes com medicamentos que alterariam a função cerebral. Tendo sido um dos primeiros defensores do modelo biológico de doença mental, Eisenberg veio a se tornar um crítico do uso indiscriminado de drogas psicoativas, impulsionado pelas maquinações da indústria farmacêutica.
Quando as drogas psicoativas surgiram, houve um período de otimismo na profissão psiquiátrica, mas na década de 70 o otimismo deu lugar a uma sensação de ameaça. Ficaram claros os graves efeitos colaterais dos medicamentos e um movimento de antipsiquiatria lançou raízes, como exemplificam os escritos de Thomas Szasz e o filme Um Estranho no Ninho.
Havia também a concorrência crescente de psicólogos e terapeutas. Além disso, os psiquiatras sofreram divisões internas: alguns abraçaram o modelo biológico, outros se agarraram ao modelo freudiano, e uns poucos viam a doença mental como uma resposta sadia a um mundo insano. Ademais, dentro da medicina, os psiquiatras eram considerados uma espécie de parentes pobres: mesmo com suas novas drogas, eram vistos como menos científicos do que os outros especialistas, e sua renda era geralmente mais baixa.
No final da década de 70, os psiquiatras contra-atacaram, e com força. Como conta Robert Whitaker em Anatomy of an Epidemic, o diretor médico da Associação Americana de Psiquiatria, Melvin Sabshin, declarou, em 1977: “Devemos apoiar fortemente um esforço vigoroso para remedicalizar a psiquiatria.” E lançou uma campanha maciça de relações públicas para fazer exatamente isso.
A psiquiatria detinha uma arma poderosa, que seus concorrentes não podiam ter. Como cursaram medicina, os psiquiatras têm autoridade legal para escrever receitas. Ao abraçar o modelo biológico de doença mental, e o uso de drogas psicoativas para tratá-la, a psiquiatria conseguiu relegar os outros prestadores de serviços de saúde mental para cargos secundários. E se apresentou também como uma disciplina científica. E, o que é mais importante, ao enfatizar o tratamento medicamentoso, a psiquiatria tornou-se a queridinha da indústria farmacêutica, que logo tornou tangível sua gratidão.
Associação Americana de Psiquiatria, a APA, estava preparando então a terceira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM, que estabelece os critérios de diagnóstico para todos os transtornos mentais. O presidente da Associação havia indicado Robert Spitzer, eminente professor de psiquiatria da Universidade de Columbia, para chefiar a força-tarefa que supervisionaria o Manual.
As duas primeiras edições, publicadas em 1952 e 1968, refletiam a visão freudiana da doença mental, e eram pouco conhecidas fora da profissão. Spitzer decidiu fazer da terceira edição, o DSM-III, algo bem diferente. Ele prometeu que o Manual seria “uma defesa do modelo médico aplicado a problemas psiquiátricos”, e o presidente da Associação, Jack Weinberg, disse que ele “deixaria claro para quem tivesse dúvidas que consideramos a psiquiatria uma especialidade da medicina”.
Quando foi publicado, em 1980, o DSM-III continha 265 diagnósticos (acima dos 182 da edição anterior) e logo teve um uso quase universal: não apenas por parte de psiquiatras, mas também por companhias de seguros, hospitais, tribunais, prisões, escolas, pesquisadores, agências governamentais e médicos de todas as especialidades. Seu principal objetivo era trazer coerência (normalmente chamada de “confiabilidade”) ao diagnóstico psiquiátrico. Ou seja, garantir que os psiquiatras que viam o mesmo paciente concordassem com o diagnóstico. Para isso, cada diagnóstico era definido por uma lista de sintomas, com limites numéricos. Por exemplo, ter pelo menos cinco de nove sintomas determinados garantia ao paciente um diagnóstico definitivo de episódio depressivo dentro da ampla categoria de “transtornos do humor”.
Mas havia outro objetivo: justificar o uso de drogas psicoativas. Com efeito, Carol Bernstein, a presidente da apa, reconheceu isso ao escrever: “Na década de 70, foi preciso facilitar um acordo sobre diagnósticos entre clínicos, cientistas e autoridades reguladoras, dada a necessidade de ligar os pacientes aos novos tratamentos farmacológicos.”
A terceira edição do Manual era talvez mais “confiável” do que as versões anteriores, mas confiabilidade não é a mesma coisa que validade. O termo confiabilidade é usado como sinônimo de “coerência”; validade refere-se à correção ou solidez. Se todos os médicos concordassem que as sardas são um sinal de câncer, o diagnóstico seria “confiável”, mas não válido.
O problema com o Manual é que, em todas as suas edições, ele simplesmente refletia as opiniões de seus autores. E, no caso do DSM-III, sobretudo as opiniões do próprio Spitzer, que foi apontado com justiça como um dos psiquiatras mais influentes do século xx. Em suas palavras, ele “pegou todo mundo com quem se sentia à vontade” para participar da força-tarefa de quinze membros, e houve queixas de que ele convocou poucas reuniões e conduziu o processo de uma maneira desordenada, mas ditatorial.
Num artigo de 1984 intitulado “As desvantagens do DSM-III superam suas vantagens”, George Vaillant, professor de psiquiatria de Harvard, afirmou que o DSM-III representou “uma audaciosa série de escolhas baseadas em palpite, gosto, preconceito e esperança”, o que parece ser uma boa descrição.
DSM se tornou a bíblia da psiquiatria e, tal como a Bíblia cristã, dependia muito de algo parecido com a fé: não há nele citações de estudos científicos para sustentar suas decisões. É uma omissão espantosa, porque em todas as publicações médicas, sejam revistas ou livros didáticos, as declarações de fatos devem estar apoiadas em referências comprováveis. (Há quatro “livros de consulta” separados para a edição atual do DSM, que apresentam a razão para algumas decisões, junto com referências, mas isso não é a mesma coisa que referências específicas.)
Pode ser de muito interesse para um grupo de especialistas se reunir e dar suas opiniões, mas a menos que essas opiniões possam ser sustentadas por provas, elas não autorizam a deferência extraordinária dedicada ao DSM. “A cada edição subsequente”, escreve Daniel Carlat, “o número de categorias de diagnósticos se multiplicava, e os livros se tornaram maiores e mais caros. Cada um deles se tornou um best-seller, e o DSM é hoje uma das principais fontes de renda da Associação Americana de Psiquiatria.” O Manual atual, o DSM-IV, vendeu mais de 1 milhão de exemplares.
Os laboratórios farmacêuticos passaram a dar toda a atenção e generosidade aos psiquiatras, tanto individual como coletivamente, direta e indiretamente. Choveram presentes e amostras grátis, contratos de consultores e palestrantes, refeições, ajuda para participar de conferências. Quando os estados de Minnesota e Vermont implantaram “leis de transparência”, que exigem que os laboratórios informem todos os pagamentos a médicos, descobriu-se que os psiquiatras recebiam mais dinheiro do que os médicos de qualquer outra especialidade. A indústria farmacêutica também subsidia as reuniões da APA e outras conferências psiquiátricas. Cerca de um quinto do financiamento da APA vem agora da indústria farmacêutica.
Os laboratórios buscam conquistar psiquiatras de centros médicos universitários de prestígio. Chamados pela indústria de “líderes-chave de opinião”, eles são os profissionais que, por meio do que escrevem e ensinam, influenciam o tratamento das doenças mentais. Eles também publicam grande parte da pesquisa clínica sobre medicamentos e, o que é fundamental, determinam o conteúdo do DSM. Em certo sentido, eles são a melhor equipe de vendas que a indústria poderia ter e valem cada centavo gasto com eles. Dos 170 colaboradores da versão atual do DSM, dos quais quase todos poderiam ser descritos como líderes-chave, 95 tinham vínculos financeiros com laboratórios farmacêuticos, inclusive todos os colaboradores das seções sobre transtornos de humor e esquizofrenia.
Carlat pergunta: “Por que os psiquiatras estão na frente de todos os outros especialistas quando se trata de tomar dinheiro de laboratórios?” Sua resposta: “Nossos diagnósticos são subjetivos e expansíveis, e temos poucas razões racionais para a escolha de um tratamento em relação a outro.” Ao contrário das enfermidades tratadas pela maioria dos outros ramos da medicina, não há sinais ou exames objetivos para as doenças mentais – nenhum dado de laboratório ou descoberta por ressonância magnética – e as fronteiras entre o normal e o anormal são muitas vezes pouco claras. Isso torna possível expandir as fronteiras do diagnóstico ou até mesmo criar novas diagnoses, de uma forma que seria impossível, por exemplo, em um campo como a cardiologia. E as empresas farmacêuticas têm todo o interesse em induzir os psiquiatras a fazer exatamente isso.
Além do dinheiro gasto com os psiquiatras, os laboratórios apoiam muitos grupos de defesa de pacientes e organizações educacionais. Whitaker informa que, somente no primeiro trimestre de 2009, o “Eli Lilly deu 551 mil dólares à Aliança Nacional para Doenças Mentais, 465 mil dólares para a Associação Nacional de Saúde Mental, 130 mil dólares para um grupo de defesa dos pacientes de déficit de atenção/hiperatividade, e 69 250 dólares para a Fundação Americana de Prevenção ao Suicídio”.
E isso foi o que apenas um laboratório gastou em três meses; pode-se imaginar qual deve ser o total anual de todas as empresas que produzem drogas psicoativas. Esses grupos aparentemente existem para conscientizar a opinião pública sobre transtornos psiquiátricos, mas também têm o efeito de promover o uso de drogas psicoativas e influenciar os planos de saúde para cobri-los.
omo a maioria dos psiquiatras, Carlat trata seus pacientes apenas com medicamentos, sem terapia de conversa, e é sincero a respeito das vantagens de fazer isso. Ele calcula que, se atender três pacientes por hora com psicofarmacologia, ganha cerca de 180 dólares por hora dos planos de saúde. Em contrapartida, poderia atender apenas um paciente por hora com terapia de conversa, pela qual os planos lhe pagariam menos de 100 dólares. Carlat não acredita que a psicofarmacologia seja particularmente complicada, muito menos precisa, embora o público seja levado a acreditar que é.
Seu trabalho consiste em fazer aos pacientes uma série de perguntas sobre seus sintomas, para ver se eles combinam com algum dos transtornos catalogados no DSM. Esse exercício de correspondência, diz ele, propicia “a ilusão de que compreendemos os nossos pacientes, quando tudo o que estamos fazendo é atribuir-lhes rótulos”. Muitas vezes os pacientes preenchem critérios para mais de um diagnóstico, porque há sobreposição de sintomas.
Um dos pacientes de Carlat acabou com sete diagnósticos distintos. “Nós miramos sintomas distintos com os tratamentos, e outros medicamentos são adicionados para tratar os efeitos colaterais.” Um paciente típico, diz ele, pode estar tomando Celexa para depressão, Ativan para ansiedade, Ambien para insônia, Provigil para fadiga (um efeito colateral do Celexa) e Viagra para impotência (outro efeito colateral do Celexa).
Quanto aos próprios medicamentos, Carlat escreve que “há apenas um punhado de categorias guarda-chuva de drogas psicotrópicas”, sob as quais os medicamentos não são muito diferentes uns dos outros. Ele não acredita que exista muita base para escolher entre eles. E resume:
Assim é a moderna psicofarmacologia. Guiados apenas por sintomas, tentamos diferentes medicamentos, sem nenhuma concepção verdadeira do que estamos tentando corrigir, ou de como as drogas estão funcionando. Espanto-me que sejamos tão eficazes para tantos pacientes.
Carlat passa então a especular, como Kirsch em The Emperor’s New Drugs, que os pacientes talvez estejam respondendo a um efeito placebo ativado. Se as drogas psicoativas não são tudo o que é alardeado – e os indícios indicam que não são –, o que acontece com os próprios diagnósticos? Como eles se multiplicam a cada edição do DSM?
m 1999, a APA começou a trabalhar em sua quinta revisão do DSM, programado para ser publicado em 2013. A força-tarefa de 27 membros é chefiada por David Kupfer, professor de psiquiatria da Universidade de Pittsburgh. Tal como nas edições anteriores, a força-tarefa é assessorada por vários grupos de trabalho, que agora totalizam cercade 140 membros, correspondentes às categorias principais de diagnóstico. As deliberações e propostas em curso foram amplamente divulgadas, e parece que a constelação de transtornos mentais vai crescer ainda mais.
Em particular, os limites dos diagnósticos serão ampliados para incluir os precursores dos transtornos, tais como “síndrome do risco de psicose” e “transtorno cognitivo leve” (possível início do mal de Alzheimer). O termo “espectro” é usado para ampliar categorias, e temos,por exemplo, “espectro de transtorno obsessivo-compulsivo”, “transtorno do espectro da esquizofrenia” e “transtorno do espectro do autismo”. E há propostas para a inclusão de distúrbios totalmente novos, como “transtorno hipersexual”, “síndrome das pernas inquietas” e “compulsão alimentar”. Até mesmo Allen Frances, presidente da força-tarefa do DSM-IV, escreveu que a próxima edição do Manual será uma “mina de ouro para a indústria farmacêutica”.
A indústria farmacêutica influencia psiquiatras a receitar drogas psicoativas até mesmo a pacientes para os quais os medicamentos não foram considerados seguros e eficazes. O que deveria preocupar enormemente é o aumento espantoso do diagnóstico e tratamento de doenças mentais em crianças, algumas com apenas 2 anos de idade. Essas crianças são tratadas muitas vezes com medicamentos que nunca foram aprovados pela FDA para uso nessa faixa etária, e têm efeitos colaterais graves. A prevalência de “transtorno bipolar juvenil” aumentou quarenta vezes entre 1993 e 2004, e a de “autismo” aumentou de 1 em 500 crianças para 1 em 90 ao longo da mesma década. Dez por cento dos meninos de 10 anos de idade tomam agora estimulantes diários para o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.
Seria muito difícil achar uma criança de 2 anos que não seja às vezes irritante, um menino de 5ª série que não seja ocasionalmente desatento, ou uma menina no ensino médio que não seja ansiosa. Rotular essas crianças como tendo um transtorno mental e tratá-las com medicamentos depende muito de quem elas são e das pressões que seus pais enfrentam.
Como as famílias de baixa renda estão passando por dificuldades econômicas crescentes, muitas descobriram que o pedido de renda de seguridade suplementar com base na invalidez mental é a única maneira de sobreviver. Segundo um estudo da Universidade Rutgers, descobriu-se que crianças de famílias de baixa renda têm quatro vezes mais probabilidade de receber medicamentos antipsicóticos do que crianças com plano de saúde privado.
Os livros de Irving Kirsch, Robert Whitaker e Daniel Carlat são acusações enérgicas ao modo como a psiquiatria é praticada hoje em dia. Eles documentam o “frenesi” do diagnóstico, o uso excessivo de medicamentos com efeitos colaterais devastadores e os conflitos de interesse generalizados. Os críticos podem argumentar, como Nancy Andreasen o faz em seu artigo sobre a perda de tecido cerebral no tratamento antipsicótico de longo prazo, que os efeitos colaterais são o preço que se deve pagar para aliviar o sofrimento causado pela doença mental. Se soubéssemos que os benefícios das drogas psicoativas superam seus danos, isso seria um argumento forte, uma vez que não há dúvida de que muitas pessoas sofrem gravemente com doenças mentais. Mas como Kirsch, Whitaker e Carlat argumentam, essa expectativa pode estar errada.
o mínimo, precisamos parar de pensar que as drogas psicoativas são o melhor e, muitas vezes, o único tratamento para as doenças mentais. Tanto a psicoterapia como os exercícios físicos têm se mostrado tão eficazes quanto os medicamentos para a depressão, e seus efeitos são mais duradouros. Mas, infelizmente, não existe indústria que promova essas alternativas. Mais pesquisas são necessárias para estudar alternativas às drogas psicoativas.
Em particular, precisamos repensar o tratamento de crianças. Nesse ponto, o problema é muitas vezes uma família perturbada em circunstâncias conturbadas. Tratamentos voltados para essas condições ambientais – como auxílio individual para pais ou centros pós-escola para as crianças – devem ser estudados e comparados com o tratamento farmacológico.
No longo prazo, essas alternativas seriam provavelmente mais baratas. Nossa confiança nas drogas psicoativas, receitadas para todos os descontentes com a vida, tende a excluir as outras opções. Em vista dos riscos, e da eficácia questionável dos medicamentos em longo prazo, precisamos fazer melhor do que isso. Acima de tudo, devemos lembrar o consagrado ditado médico: em primeiro lugar, não causar dano (primum non nocere).
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A volta de um dos métodos mais controversos da psiquiatria para o tratamento da depressão
A epidemia de doença mental
Por que cresce assombrosamente o número de pessoas com transtornos mentais e de pacientes tratados com antidepressivos e outros medicamentos psicoativos
por Marcia Angell
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arece que os americanos estão em meio a uma violenta epidemia de doenças mentais. A quantidade de pessoas incapacitadas por transtornos mentais, e com direito a receber a renda de seguridade suplementar ou o seguro por incapacidade, aumentou quase duas vezes e meia entre 1987 e 2007 – de 1 em cada 184 americanos passou para 1 em 76.
No que se refere às crianças, o número é ainda mais espantoso: um aumento de 35 vezes nas mesmas duas décadas. A doença mental é hoje a principal causa de incapacitação de crianças, bem à frente de deficiências físicas como a paralisia cerebral ou a síndrome de Down.
Um grande estudo de adultos (selecionados aleatoriamente), patrocinado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental, realizado entre 2001 e 2003, descobriu que um percentual assombroso de 46% se encaixava nos critérios estabelecidos pela Associação Americana de Psiquiatria, por ter tido em algum momento de suas vidas pelo menos uma doença mental, entre quatro categorias.
As categorias seriam “transtornos de ansiedade”, que incluem fobias e estresse pós-traumático; “transtornos de humor”, como depressão e transtorno bipolar; “transtornos de controle dos impulsos”, que abrangem problemas de comportamento e de déficit de atenção/hiperatividade; e “transtornos causados pelo uso de substâncias”, como o abuso de álcool e drogas. A maioria dos pesquisados se encaixava em mais de um diagnóstico.
O tratamento médico desses transtornos quase sempre implica o uso de drogas psicoativas, os medicamentos que afetam o estado mental.Na verdade, a maioria dos psiquiatras usa apenas remédios no tratamento e encaminha os pacientes para psicólogos ou terapeutas se acha que uma psicoterapia é igualmente necessária.
A substituição da “terapia de conversa” pela das drogas como tratamento majoritário coincide com o surgimento, nas últimas quatro décadas, da teoria de que as doenças mentais são causadas por desequilíbrios químicos no cérebro, que podem ser corrigidos pelo uso de medicamentos. Essa teoria passou a ser amplamente aceita pela mídia e pelo público, bem como pelos médicos, depois que o Prozac chegou ao mercado, em 1987, e foi intensamente divulgado como um corretivo para a deficiência de serotonina no cérebro.
O número de pessoas depressivas tratadas triplicou nos dez anos seguintes e, hoje, cerca de 10% dos americanos com mais de 6 anos de idade tomam antidepressivos. O aumento do uso de drogas para tratar a psicose é ainda mais impressionante. A nova geração de antipsicóticos, como o Risperdal, o Zyprexa e o Seroquel, ultrapassou os redutores do colesterol no topo da lista de remédios mais vendidos nos Estados Unidos.
que está acontecendo? A preponderância das doenças mentais sobre as físicas é de fato tão alta, e continua a crescer? Se os transtornos mentais são biologicamente determinados e não um produto de influências ambientais, é plausível supor que o seu crescimento seja real? Ou será que estamos aprendendo a diagnosticar transtornos mentais que sempre existiram? Ou, por outro lado, será que simplesmente ampliamos os critérios para definir as doenças mentais, de modo que quase todo mundo agora sofre de uma delas? E o que dizer dos medicamentos que viraram a base dos tratamentos? Eles funcionam? E, se funcionam, não deveríamos esperar que o número de doentes mentais estivesse em declínio e não em ascensão?
Essas são as questões que preocupam os autores de três livros provocativos, aqui analisados. Eles vêm de diferentes formações: Irving Kirsch é psicólogo da Universidade de Hull, no Reino Unido; Robert Whitaker é jornalista; e Daniel Carlat é um psiquiatra que clinica num subúrbio de Boston.
Os autores enfatizam diferentes aspectos da epidemia de doença mental. Kirsch está preocupado em saber se os antidepressivos funcionam. Whitaker pergunta se as drogas psicoativas não criam problemas piores do que aqueles que resolvem. Carlat examina como a sua profissão se aliou à indústria farmacêutica e é manipulada por ela. Mas, apesar de suas diferenças, os três estão de acordo sobre algumas questões importantes.
Em primeiro lugar, concordam que é preocupante a extensão com a qual as empresas que vendem drogas psicoativas – por meio de várias formas de marketing, tanto legal como ilegal, e usando o que muita gente chamaria de suborno – passaram a determinar o que constitui uma doença mental e como os distúrbios devem ser diagnosticados e tratados.
Em segundo lugar, nenhum dos três aceita a teoria de que a doença mental é provocada por um desequilíbrio químico no cérebro. Whitaker conta que essa teoria surgiu pouco depois que os remédios psicotrópicos foram introduzidos no mercado, na década de 50. O primeiro foi o Amplictil (clorpromazina), lançado em 1954, que rapidamente passou a ser muito usado em hospitais psiquiátricos, para acalmar pacientes psicóticos, sobretudo os com esquizofrenia. No ano seguinte, chegou o Miltown (meprobamato), vendido para tratar a ansiedade em pacientes ambulatoriais. Em 1957, o Marsilid (iproniazid) entrou no mercado como um “energizador psíquico” para tratar a depressão.
Desse modo, no curto espaço de três anos, tornaram-se disponíveis medicamentos para tratar aquelas que, na época, eram consideradas as três principais categorias de doença mental – ansiedade, psicose e depressão – e a psiquiatria transformou-se totalmente. Essas drogas, no entanto, não haviam sido desenvolvidas para tratar doenças mentais. Elas foram derivadas de remédios destinados ao combate de infecções, e se descobriu por acaso que alteravam o estado mental.
No início, ninguém tinha ideia de como funcionavam. Elas simplesmente embotavam sintomas mentais perturbadores. Durante a década seguinte, pesquisadores descobriram que essas drogas afetavam os níveis de certas substâncias químicas no cérebro.
m pouco de pano de fundo, e necessariamente muito simplificado: o cérebro contém bilhões de células nervosas, os neurônios, distribuídos em redes complexas, que se comunicam uns com os outros constantemente. O neurônio típico tem múltiplas extensões filamentosas (uma chamada axônio e as outras chamadas dendritos), por meio das quais ele envia e recebe sinais de outros neurônios. Para um neurônio se comunicar com outro, no entanto, o sinal deve ser transmitido através do minúsculo espaço que os separa, a sinapse. Para conseguir isso, o axônio do neurônio libera na sinapse uma substância química chamada neurotransmissor.
O neurotransmissor atravessa a sinapse e liga-se a receptores no segundo neurônio, muitas vezes um dendrito, ativando ou inibindo a célula receptora. Os axônios têm vários terminais e, desse modo, cada neurônio tem múltiplas sinapses. Depois, o neurotransmissor é reabsorvido pelo primeiro neurônio ou metabolizado pelas enzimas, de tal modo que o status quo anterior é restaurado.
uando se descobriu que as drogas psicoativas afetam os níveis de neurotransmissores, surgiu a teoria de que a causa da doença mental é uma anormalidade na concentração cerebral desses elementos químicos, a qual é combatida pelo medicamento apropriado.
Por exemplo: como o Thorazine diminui os níveis de dopamina no cérebro, postulou-se que psicoses como a esquizofrenia são causadas por excesso de dopamina. Ou então: tendo em vista que alguns antidepressivos aumentam os níveis do neurotransmissor chamado serotonina, defendeu-se que a depressão é causada pela escassez de serotonina. Antidepressivos como o Prozac ou o Celexa impedem a reabsorção de serotonina pelos neurônios que a liberam, e assim ela permanece mais nas sinapses e ativa outros neurônios. Desse modo, em vez de desenvolver um medicamento para tratar uma anormalidade, uma anormalidade foi postulada para se adequar a um medicamento.
Trata-se de uma grande pirueta lógica, como apontam os três autores. Era perfeitamente possível que as drogas que afetam os níveis dos neurotransmissores pudessem aliviar os sintomas, mesmo que os neurotransmissores não tivessem nada a ver com a doença. Como escreve Carlat: “Por essa mesma lógica, se poderia argumentar que a causa de todos os estados de dor é uma deficiência de opiáceos, uma vez que analgésicos narcóticos ativam os receptores de opiáceos do cérebro.” Ou, do mesmo modo, se poderia dizer que as febres são causadas pela escassez de aspirina.
Mas o principal problema com essa teoria é que, após décadas tentando prová-la, os pesquisadores ainda estão de mãos vazias. Os três autores documentam o fracasso dos cientistas para encontrar boas provas a seu favor. Antes do tratamento, a função dos neurotransmissores parece ser normal nas pessoas com doença mental. Nas palavras de Whitaker:
Antes do tratamento, os pacientes diagnosticados com depressão, esquizofrenia e outros transtornos psiquiátricos não sofrem nenhum “desequilíbrio químico”. No entanto, depois que uma pessoa passa a tomar medicação psiquiátrica, que perturba a mecânica normal de uma via neuronal, seu cérebro começa a funcionar... anormalmente.
Carlat refere-se à teoria do desequilíbrio químico como um “mito” (que ele chama de “conveniente” porque reduziria o estigma da doença mental). E Kirsch,cujo livro centra-se na depressão, resume a questão assim: “Parece fora de dúvida que o conceito tradicional de considerar a depressão como um desequilíbrio químico no cérebro está simplesmente errado.” (O motivo da persistência dessa teoria, apesar da falta de provas, é um tema que tratarei adiante.)
Os remédios funcionam? Afinal de contas, independentemente da teoria, essa é a questão prática. Em seu livro seco e extremamente cativante, The Emperor’s New Drugs [As Novas Drogas do Imperador], Kirsch descreve os seus quinze anos de pesquisa científica para responder a essa pergunta, no que diz respeito aos antidepressivos.
Quando começou o trabalho em 1995, seu principal interesse eram os efeitos de placebos. Para estudá-los, ele e um colega revisaram 38 ensaios clínicos que comparavam vários tratamentos da depressão com placebos, ou comparavam a psicoterapia com nenhum tratamento. A maioria dessas experiências durava de seis a oito semanas, e durante esse período os pacientes tendiam a melhorar um pouco, mesmo se não tivessem nenhum tratamento.
Mas Kirsch descobriu que os placebos eram três vezes mais eficazes do que a ausência de tratamento. Isso não o surpreendeu. O que o surpreendeu mesmo foi que os antidepressivos foram apenas marginalmente mais úteis do que os placebos: 75% dos placebos foram tão eficazes quanto os antidepressivos. Kirsch resolveu então repetir o estudo, dessa vez com a análise de um conjunto de dados mais completo e padronizado.
Os dados que ele usou foram obtidos da Food and Drug Administration, a FDA [o órgão público americano encarregado do licenciamento e controle de medicamentos]. Quando buscam a aprovação da FDA para comercializar um novo remédio, os laboratórios farmacêuticos devem apresentar à agência todos os testes clínicos que patrocinaram. Os testes são geralmente duplo-cego e controlados com placebo. Ou seja: os pacientes participantes recebem aleatoriamente a droga ou o placebo, e nem eles nem os seus médicos sabem o que receberam.
Os pacientes são informados de que receberão ou um medicamento ativo ou um placebo. E também são avisados dos efeitos colaterais que podem ocorrer. Se dois testes comprovam que o medicamento é mais eficaz do que o placebo, ele é geralmente aprovado. Mas os laboratórios podem patrocinar quantos testes quiserem, e a maioria deles pode dar negativo – isto é, não mostrar a eficácia do remédio. Tudo o que eles precisam é de dois testes com resultados positivos. (Os resultados dos testes de um mesmo medicamento podem variar por muitas razões, entre elas a forma como o ensaio foi concebido e realizado, seu tamanho e os tipos de pacientes pesquisados.)
Por razões óbvias, as indústrias farmacêuticas fazem questão de que seus testes positivos sejam publicados em revistas médicas, e os médicos fiquem sabendo deles. Já os testes negativos ficam nas gavetas da FDA, que os considera propriedade privada e, portanto, confidenciais. Essa prática distorce a literatura médica, o ensino da medicina e as decisões de tratamento.
irsch e seus colegas usaram a Lei de Liberdade de Informação para obter as revisões da FDA de todos os testes clínicos controlados por placebo, positivos ou negativos, submetidos para a aprovação dos seis antidepressivos mais utilizados, aprovados entre 1987 e 1999: Prozac, Paxil, Zoloft, Celexa, Serzone e Effexor.
Ao todo, havia 42 testes das seis drogas. A maioria deles era negativo. No total, os placebos eram 82% tão eficazes quanto os medicamentos, tal como medido pela Escala de Depressão de Hamilton, uma classificação dos sintomas de depressão amplamente utilizada. A diferença média entre remédio e placebo era de apenas 1,8 ponto na Escala, uma diferença que, embora estatisticamente significativa, era insignificante do ponto de vista clínico. Os resultados foram quase os mesmos para as seis drogas: todos igualmente inexpressivos. No entanto, como os estudos positivos foram amplamente divulgados, enquanto os negativos eram escondidos, o público e os médicos passaram a acreditar que esses medicamentos antidepressivos eram altamente eficazes.
Kirsch ficou impressionado com outro achado inesperado. Em seu estudo anterior, e em trabalhos de outros, observara que até mesmo tratamentos com substâncias que não eram consideradas antidepressivas – como hormônio sintético da tireoide, opiáceos, sedativos, estimulantes e algumas ervas medicinais – eram tão eficazes quanto os antidepressivos para aliviar os sintomas da depressão. Kirsch escreve: “Quando administrados como antidepressivos, remédios que aumentam, diminuem ou não têm nenhuma influência sobre a serotonina aliviam a depressão mais ou menos no mesmo grau.”
que todos esses medicamentos “eficazes” tinham em comum era que produziam efeitos colaterais, sobre os quais os pacientes participantes haviam sido informados de que poderiam ocorrer.
Diante da descoberta de que quase qualquer comprimido com efeitos colaterais era ligeiramente mais eficaz no tratamento da depressão do que um placebo, Kirsch especulou que a presença de efeitos colaterais em indivíduos que recebem medicamentos lhes permitia adivinhar que recebiam tratamento ativo – e isso foi corroborado por entrevistas com pacientes e médicos –, o que os tornava mais propensos a relatar uma melhora. Ele sugere que a razão pela qual os antidepressivos parecem funcionar melhor no alívio de depressão grave do que em casos menos graves é que os pacientes com sintomas graves provavelmente tomam doses mais elevadas e, portanto, sofrem mais efeitos colaterais.
ara investigar melhor se os efeitos colaterais distorciam as respostas, Kirsch analisou alguns ensaios que utilizaram placebos “ativos”, em vez de inertes. Um placebo ativo é aquele que produz efeitos colaterais, como a atropina – droga que bloqueia a ação de certos tipos de fibras nervosas. Apesar de não ser um antidepressivo, a atropina causa, entre outras coisas, secura da boca. Em testes utilizando atropina como placebo, não houve diferença entre os antidepressivos e o placebo ativo. Todos tinham efeitos colaterais, e todos relataram o mesmo nível de melhora.
Kirsch registrou outras descobertas estranhas em testes clínicos de antidepressivos, entre elas o fato de que não há nenhuma curva de dose-resposta, ou seja, altas doses não funcionavam melhor do que as baixas, o que é extremamente improvável para medicamentos eficazes.
“Ao se juntar tudo isso”, escreve Kirsch,“chega-se à conclusão de que a diferença relativamente pequena entre medicamentos e placebos pode não ser um efeito verdadeiro do remédio. Em vez disso, pode ser um efeito placebo acentuado, produzido pelo fato de que alguns pacientes passaram a perceber que recebiam medicamentos ou placebos. Se este for o caso, então não há nenhum efeito antidepressivo dos medicamentos. Em vez de compararmos placebo com remédio, estávamos comparando placebos ‘normais’ com placebos ‘extrafortes’.”
Trata-se de uma conclusão surpreendente, que desafia a opinião médica, mas Kirsch chega a ela de uma forma cuidadosa e lógica. Psiquiatras que usam antidepressivos – e isso significa a maioria deles – e pacientes que os tomam talvez insistam que sabem por experiência clínica que os medicamentos funcionam.
Mas casos individuais são uma forma traiçoeira de avaliar tratamentos médicos, pois estão sujeitos a distorções. Eles podem sugerir hipóteses a serem estudadas, mas não podem prová-las. É por isso que o desenvolvimento do teste clínico duplo-cego, aleatório e controlado com placebo, foi um avanço tão importante na ciência médica, em meados do século passado. Histórias sobre sanguessugas, megadoses de vitamina cou vários outros tratamentos populares não suportariam o escrutínio de testes bem planejados. Kirsch é um defensor devotado do método científico e sua voz, portanto, traz objetividade a um tema muitas vezes influenciado por subjetividade, emoções ou, como veremos, interesse pessoal.
livro de Whitaker, Anatomy of an Epidemic [Anatomia de uma Epidemia], é mais amplo e polêmico. Ele leva em conta todas as doenças mentais, não apenas a depressão. EnquantoKirsch conclui que os antidepressivos não são provavelmente mais eficazes do que placebos, Whitaker conclui que eles e a maioria das drogas psicoativas não são apenas ineficazes, mas prejudiciais. Whitaker começa por observar que, se o tratamento de doenças mentais por meio de medicamentos disparou, o mesmo aconteceu com as patologias tratadas:
O número de doentes mentais incapacitados aumentou imensamente desde 1955 e durante as duas últimas décadas, período em que a prescrição de medicamentos psiquiátricos explodiu e o número de adultos e crianças incapacitados por doença mental aumentou numa taxa alucinante. Assim, chegamos a uma pergunta óbvia, embora herética: o paradigma de tratamento baseado em drogas poderia estar alimentando, de alguma maneira imprevista, essa praga dos tempos modernos?
Além disso, Whitaker sustenta que a história natural da doença mental mudou. Enquanto transtornos como esquizofrenia e depressão eram outrora episódicos, e cada episódio durava não mais de seis meses, sendo intercalado por longos períodos de normalidade, os distúrbios agora são crônicos e duram a vida inteira. Whitaker acredita que isso talvez aconteça porque os medicamentos, mesmo aqueles que aliviam os sintomas em curto prazo, causam em longo prazo danos mentais que continuam depois que a doença teria naturalmente se resolvido.
As provas que ele apresenta para essa teoria variam em qualidade. Whitaker não reconhece suficientemente a dificuldade de estudar a história natural de qualquer doença durante um período de cinquenta anos, no qual muitas circunstâncias mudaram, além do uso de medicamentos. É ainda mais difícil comparar resultados de longo prazo de pacientes tratados e não tratados. No entanto, os indícios de Whitaker são sugestivos, se não conclusivos.
e as drogas psicoativas causam danos, como afirma Whitaker, qual é o seu mecanismo? A resposta, ele acredita, encontra-se em seus efeitos sobre os neurotransmissores. É bem sabido que as drogas psicoativas perturbam os neurotransmissores, mesmo que essa não seja a causa primeira da doença.
Whitaker descreve uma cadeia de efeitos. Quando, por exemplo, um antidepressivo como o Celexa aumenta os níveis de serotonina nas sinapses, ele estimula mudanças compensatórias por meio de um processo chamado feedback negativo. Em reação aos altos níveis de serotonina, os neurônios que a secretam liberam menos dela, e os neurônios pós-sinápticos tornam-se insensíveis a ela. Na verdade, o cérebro está tentando anular os efeitos da droga. O mesmo vale para os medicamentos que bloqueiam neurotransmissores, exceto no sentido inverso.
A maioria dos antipsicóticos, por exemplo, bloqueia a dopamina, mas os neurônios pré-sinápticos compensam isso liberando mais dopamina, e os neurônios pós-sinápticos a aceitam com mais avidez.
As consequências do uso prolongado de drogas psicoativas, nas palavras de Steve Hyman, até recentemente reitor da Universidade de Harvard, são “alterações substanciais e de longa duração na função neural”.
Depois de várias semanas de drogas psicoativas, os esforços de compensação do cérebro começam a falhar e surgem efeitos colaterais que refletem o mecanismo de ação dos medicamentos. Antipsicóticos causam efeitos secundários que se assemelham ao mal de Parkinson, por causa do esgotamento de dopamina (que também se esgota no Parkinson). À medida que surgem efeitos colaterais, eles são tratados por outros medicamentos, e muitos pacientes acabam tomando um coquetel de drogas psicoativas, prescrito para um coquetel de diagnósticos. Os episódios de mania causada por antidepressivos podem levar a um novo diagnóstico de “transtorno bipolar” e ao tratamento com um “estabilizador de humor”, como Depokote (anticonvulsivo), acompanhado de uma das novas drogas antipsicóticas. E assim por diante.
A respeitada pesquisadora Nancy Andreasen e seus colegas publicaram indícios de que o uso de antipsicóticos está associado ao encolhimento do cérebro, e que o efeito está diretamente relacionado à dose e à duração do tratamento. Como Andreasen explicou ao New York Times: “O córtex pré-frontal não obtém o que precisa e vai sendo fechado pelos medicamentos. Isso reduz os sintomas psicóticos. E faz também com que o córtex pré-frontal se atrofie lentamente.”
Largar os remédios é extremamente difícil, segundo Whitaker, porque quando eles são retirados, os mecanismos compensatórios ficam sem oposição. Quando se retira o Celexa, os níveis de serotonina caem bruscamente porque os neurônios pré-sinápticos não estão liberando quantidades normais. Da mesma forma, quando se suspende um antipsicótico, os níveis de dopamina podem disparar.Os sintomas produzidos pela retirada de drogas psicoativas são confundidos com recaídas da doença original, o que pode levar psiquiatras a retomar o tratamento com remédios, talvez em doses mais elevadas.
Whitaker está indignado com o que considera uma epidemia iatrogênica (isto é, introduzida inadvertidamente pelos médicos) de disfunção cerebral, especialmente a causada pelo uso generalizado dos novos antipsicóticos, como o Zyprexa, que provoca graves efeitos colaterais. Eis o que ele chama de “experimento de pensamento rápido”:
Imagine que aparece de repente um vírus que faz com que as pessoas durmam doze, catorze horas por dia. As pessoas infectadas se movimentam devagar e parecem emocionalmente desligadas. Muitas ganham quantidades imensas de peso – 10, 20 e até 50 quilos. Os seus níveis de açúcar no sangue disparam, assim como os de colesterol.
Vários dos atingidos pela doença misteriosa – entre eles, crianças e adolescentes – se tornam diabéticos. O governo federal dá centenas de milhões de dólares aos cientistas para decifrar o funcionamento do vírus, e eles relatam que ele bloqueia uma multidão de receptores no cérebro. Enquanto isso, exames de ressonância magnética descobrem que, ao longo de vários anos, o vírus encolhe o córtex cerebral, e esta diminuição está ligada ao declínio cognitivo. O público aterrorizado clama por uma cura.
Ora, essa doença está, de fato, atingindo milhões de crianças e adultos. Acabamos de descrever os efeitos do antipsicótico Zyprexa, um dos mais vendidos do laboratório Eli Lilly.
eon Eisenberg, professor da Universidade Johns Hopkins e da Escola de Medicina de Harvard, escreveu que a psiquiatria americana passou,no final do século XX, de uma fase “descerebrada” para uma “desmentalizada”. Ele quis dizer que, antes das drogas psicoativas, os psiquiatras tinham pouco interesse por neurotransmissores ou outros aspectos físicos do cérebro. Em vez disso, aceitavam a visão freudiana de que a doença mental tinha suas raízes em conflitos inconscientes, geralmente com origem na infância, que afetavam a mente como se ela fosse separada do cérebro.
om a entrada em cena dessas drogas, na década de 50 – processo que se acelerou na década de 80 –, o foco mudou para o cérebro. Os psiquiatras começaram a se referir a si mesmos como psicofarmacologistas, e se interessaram cada vez menos pelas histórias de vida dos pacientes.
A preocupação deles era eliminar ou reduzir os sintomas, tratando os pacientes com medicamentos que alterariam a função cerebral. Tendo sido um dos primeiros defensores do modelo biológico de doença mental, Eisenberg veio a se tornar um crítico do uso indiscriminado de drogas psicoativas, impulsionado pelas maquinações da indústria farmacêutica.
Quando as drogas psicoativas surgiram, houve um período de otimismo na profissão psiquiátrica, mas na década de 70 o otimismo deu lugar a uma sensação de ameaça. Ficaram claros os graves efeitos colaterais dos medicamentos e um movimento de antipsiquiatria lançou raízes, como exemplificam os escritos de Thomas Szasz e o filme Um Estranho no Ninho.
Havia também a concorrência crescente de psicólogos e terapeutas. Além disso, os psiquiatras sofreram divisões internas: alguns abraçaram o modelo biológico, outros se agarraram ao modelo freudiano, e uns poucos viam a doença mental como uma resposta sadia a um mundo insano. Ademais, dentro da medicina, os psiquiatras eram considerados uma espécie de parentes pobres: mesmo com suas novas drogas, eram vistos como menos científicos do que os outros especialistas, e sua renda era geralmente mais baixa.
No final da década de 70, os psiquiatras contra-atacaram, e com força. Como conta Robert Whitaker em Anatomy of an Epidemic, o diretor médico da Associação Americana de Psiquiatria, Melvin Sabshin, declarou, em 1977: “Devemos apoiar fortemente um esforço vigoroso para remedicalizar a psiquiatria.” E lançou uma campanha maciça de relações públicas para fazer exatamente isso.
A psiquiatria detinha uma arma poderosa, que seus concorrentes não podiam ter. Como cursaram medicina, os psiquiatras têm autoridade legal para escrever receitas. Ao abraçar o modelo biológico de doença mental, e o uso de drogas psicoativas para tratá-la, a psiquiatria conseguiu relegar os outros prestadores de serviços de saúde mental para cargos secundários. E se apresentou também como uma disciplina científica. E, o que é mais importante, ao enfatizar o tratamento medicamentoso, a psiquiatria tornou-se a queridinha da indústria farmacêutica, que logo tornou tangível sua gratidão.
Associação Americana de Psiquiatria, a APA, estava preparando então a terceira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM, que estabelece os critérios de diagnóstico para todos os transtornos mentais. O presidente da Associação havia indicado Robert Spitzer, eminente professor de psiquiatria da Universidade de Columbia, para chefiar a força-tarefa que supervisionaria o Manual.
As duas primeiras edições, publicadas em 1952 e 1968, refletiam a visão freudiana da doença mental, e eram pouco conhecidas fora da profissão. Spitzer decidiu fazer da terceira edição, o DSM-III, algo bem diferente. Ele prometeu que o Manual seria “uma defesa do modelo médico aplicado a problemas psiquiátricos”, e o presidente da Associação, Jack Weinberg, disse que ele “deixaria claro para quem tivesse dúvidas que consideramos a psiquiatria uma especialidade da medicina”.
Quando foi publicado, em 1980, o DSM-III continha 265 diagnósticos (acima dos 182 da edição anterior) e logo teve um uso quase universal: não apenas por parte de psiquiatras, mas também por companhias de seguros, hospitais, tribunais, prisões, escolas, pesquisadores, agências governamentais e médicos de todas as especialidades. Seu principal objetivo era trazer coerência (normalmente chamada de “confiabilidade”) ao diagnóstico psiquiátrico. Ou seja, garantir que os psiquiatras que viam o mesmo paciente concordassem com o diagnóstico. Para isso, cada diagnóstico era definido por uma lista de sintomas, com limites numéricos. Por exemplo, ter pelo menos cinco de nove sintomas determinados garantia ao paciente um diagnóstico definitivo de episódio depressivo dentro da ampla categoria de “transtornos do humor”.
Mas havia outro objetivo: justificar o uso de drogas psicoativas. Com efeito, Carol Bernstein, a presidente da apa, reconheceu isso ao escrever: “Na década de 70, foi preciso facilitar um acordo sobre diagnósticos entre clínicos, cientistas e autoridades reguladoras, dada a necessidade de ligar os pacientes aos novos tratamentos farmacológicos.”
A terceira edição do Manual era talvez mais “confiável” do que as versões anteriores, mas confiabilidade não é a mesma coisa que validade. O termo confiabilidade é usado como sinônimo de “coerência”; validade refere-se à correção ou solidez. Se todos os médicos concordassem que as sardas são um sinal de câncer, o diagnóstico seria “confiável”, mas não válido.
O problema com o Manual é que, em todas as suas edições, ele simplesmente refletia as opiniões de seus autores. E, no caso do DSM-III, sobretudo as opiniões do próprio Spitzer, que foi apontado com justiça como um dos psiquiatras mais influentes do século xx. Em suas palavras, ele “pegou todo mundo com quem se sentia à vontade” para participar da força-tarefa de quinze membros, e houve queixas de que ele convocou poucas reuniões e conduziu o processo de uma maneira desordenada, mas ditatorial.
Num artigo de 1984 intitulado “As desvantagens do DSM-III superam suas vantagens”, George Vaillant, professor de psiquiatria de Harvard, afirmou que o DSM-III representou “uma audaciosa série de escolhas baseadas em palpite, gosto, preconceito e esperança”, o que parece ser uma boa descrição.
DSM se tornou a bíblia da psiquiatria e, tal como a Bíblia cristã, dependia muito de algo parecido com a fé: não há nele citações de estudos científicos para sustentar suas decisões. É uma omissão espantosa, porque em todas as publicações médicas, sejam revistas ou livros didáticos, as declarações de fatos devem estar apoiadas em referências comprováveis. (Há quatro “livros de consulta” separados para a edição atual do DSM, que apresentam a razão para algumas decisões, junto com referências, mas isso não é a mesma coisa que referências específicas.)
Pode ser de muito interesse para um grupo de especialistas se reunir e dar suas opiniões, mas a menos que essas opiniões possam ser sustentadas por provas, elas não autorizam a deferência extraordinária dedicada ao DSM. “A cada edição subsequente”, escreve Daniel Carlat, “o número de categorias de diagnósticos se multiplicava, e os livros se tornaram maiores e mais caros. Cada um deles se tornou um best-seller, e o DSM é hoje uma das principais fontes de renda da Associação Americana de Psiquiatria.” O Manual atual, o DSM-IV, vendeu mais de 1 milhão de exemplares.
Os laboratórios farmacêuticos passaram a dar toda a atenção e generosidade aos psiquiatras, tanto individual como coletivamente, direta e indiretamente. Choveram presentes e amostras grátis, contratos de consultores e palestrantes, refeições, ajuda para participar de conferências. Quando os estados de Minnesota e Vermont implantaram “leis de transparência”, que exigem que os laboratórios informem todos os pagamentos a médicos, descobriu-se que os psiquiatras recebiam mais dinheiro do que os médicos de qualquer outra especialidade. A indústria farmacêutica também subsidia as reuniões da APA e outras conferências psiquiátricas. Cerca de um quinto do financiamento da APA vem agora da indústria farmacêutica.
Os laboratórios buscam conquistar psiquiatras de centros médicos universitários de prestígio. Chamados pela indústria de “líderes-chave de opinião”, eles são os profissionais que, por meio do que escrevem e ensinam, influenciam o tratamento das doenças mentais. Eles também publicam grande parte da pesquisa clínica sobre medicamentos e, o que é fundamental, determinam o conteúdo do DSM. Em certo sentido, eles são a melhor equipe de vendas que a indústria poderia ter e valem cada centavo gasto com eles. Dos 170 colaboradores da versão atual do DSM, dos quais quase todos poderiam ser descritos como líderes-chave, 95 tinham vínculos financeiros com laboratórios farmacêuticos, inclusive todos os colaboradores das seções sobre transtornos de humor e esquizofrenia.
Carlat pergunta: “Por que os psiquiatras estão na frente de todos os outros especialistas quando se trata de tomar dinheiro de laboratórios?” Sua resposta: “Nossos diagnósticos são subjetivos e expansíveis, e temos poucas razões racionais para a escolha de um tratamento em relação a outro.” Ao contrário das enfermidades tratadas pela maioria dos outros ramos da medicina, não há sinais ou exames objetivos para as doenças mentais – nenhum dado de laboratório ou descoberta por ressonância magnética – e as fronteiras entre o normal e o anormal são muitas vezes pouco claras. Isso torna possível expandir as fronteiras do diagnóstico ou até mesmo criar novas diagnoses, de uma forma que seria impossível, por exemplo, em um campo como a cardiologia. E as empresas farmacêuticas têm todo o interesse em induzir os psiquiatras a fazer exatamente isso.
Além do dinheiro gasto com os psiquiatras, os laboratórios apoiam muitos grupos de defesa de pacientes e organizações educacionais. Whitaker informa que, somente no primeiro trimestre de 2009, o “Eli Lilly deu 551 mil dólares à Aliança Nacional para Doenças Mentais, 465 mil dólares para a Associação Nacional de Saúde Mental, 130 mil dólares para um grupo de defesa dos pacientes de déficit de atenção/hiperatividade, e 69 250 dólares para a Fundação Americana de Prevenção ao Suicídio”.
E isso foi o que apenas um laboratório gastou em três meses; pode-se imaginar qual deve ser o total anual de todas as empresas que produzem drogas psicoativas. Esses grupos aparentemente existem para conscientizar a opinião pública sobre transtornos psiquiátricos, mas também têm o efeito de promover o uso de drogas psicoativas e influenciar os planos de saúde para cobri-los.
omo a maioria dos psiquiatras, Carlat trata seus pacientes apenas com medicamentos, sem terapia de conversa, e é sincero a respeito das vantagens de fazer isso. Ele calcula que, se atender três pacientes por hora com psicofarmacologia, ganha cerca de 180 dólares por hora dos planos de saúde. Em contrapartida, poderia atender apenas um paciente por hora com terapia de conversa, pela qual os planos lhe pagariam menos de 100 dólares. Carlat não acredita que a psicofarmacologia seja particularmente complicada, muito menos precisa, embora o público seja levado a acreditar que é.
Seu trabalho consiste em fazer aos pacientes uma série de perguntas sobre seus sintomas, para ver se eles combinam com algum dos transtornos catalogados no DSM. Esse exercício de correspondência, diz ele, propicia “a ilusão de que compreendemos os nossos pacientes, quando tudo o que estamos fazendo é atribuir-lhes rótulos”. Muitas vezes os pacientes preenchem critérios para mais de um diagnóstico, porque há sobreposição de sintomas.
Um dos pacientes de Carlat acabou com sete diagnósticos distintos. “Nós miramos sintomas distintos com os tratamentos, e outros medicamentos são adicionados para tratar os efeitos colaterais.” Um paciente típico, diz ele, pode estar tomando Celexa para depressão, Ativan para ansiedade, Ambien para insônia, Provigil para fadiga (um efeito colateral do Celexa) e Viagra para impotência (outro efeito colateral do Celexa).
Quanto aos próprios medicamentos, Carlat escreve que “há apenas um punhado de categorias guarda-chuva de drogas psicotrópicas”, sob as quais os medicamentos não são muito diferentes uns dos outros. Ele não acredita que exista muita base para escolher entre eles. E resume:
Assim é a moderna psicofarmacologia. Guiados apenas por sintomas, tentamos diferentes medicamentos, sem nenhuma concepção verdadeira do que estamos tentando corrigir, ou de como as drogas estão funcionando. Espanto-me que sejamos tão eficazes para tantos pacientes.
Carlat passa então a especular, como Kirsch em The Emperor’s New Drugs, que os pacientes talvez estejam respondendo a um efeito placebo ativado. Se as drogas psicoativas não são tudo o que é alardeado – e os indícios indicam que não são –, o que acontece com os próprios diagnósticos? Como eles se multiplicam a cada edição do DSM?
m 1999, a APA começou a trabalhar em sua quinta revisão do DSM, programado para ser publicado em 2013. A força-tarefa de 27 membros é chefiada por David Kupfer, professor de psiquiatria da Universidade de Pittsburgh. Tal como nas edições anteriores, a força-tarefa é assessorada por vários grupos de trabalho, que agora totalizam cercade 140 membros, correspondentes às categorias principais de diagnóstico. As deliberações e propostas em curso foram amplamente divulgadas, e parece que a constelação de transtornos mentais vai crescer ainda mais.
Em particular, os limites dos diagnósticos serão ampliados para incluir os precursores dos transtornos, tais como “síndrome do risco de psicose” e “transtorno cognitivo leve” (possível início do mal de Alzheimer). O termo “espectro” é usado para ampliar categorias, e temos,por exemplo, “espectro de transtorno obsessivo-compulsivo”, “transtorno do espectro da esquizofrenia” e “transtorno do espectro do autismo”. E há propostas para a inclusão de distúrbios totalmente novos, como “transtorno hipersexual”, “síndrome das pernas inquietas” e “compulsão alimentar”. Até mesmo Allen Frances, presidente da força-tarefa do DSM-IV, escreveu que a próxima edição do Manual será uma “mina de ouro para a indústria farmacêutica”.
A indústria farmacêutica influencia psiquiatras a receitar drogas psicoativas até mesmo a pacientes para os quais os medicamentos não foram considerados seguros e eficazes. O que deveria preocupar enormemente é o aumento espantoso do diagnóstico e tratamento de doenças mentais em crianças, algumas com apenas 2 anos de idade. Essas crianças são tratadas muitas vezes com medicamentos que nunca foram aprovados pela FDA para uso nessa faixa etária, e têm efeitos colaterais graves. A prevalência de “transtorno bipolar juvenil” aumentou quarenta vezes entre 1993 e 2004, e a de “autismo” aumentou de 1 em 500 crianças para 1 em 90 ao longo da mesma década. Dez por cento dos meninos de 10 anos de idade tomam agora estimulantes diários para o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.
Seria muito difícil achar uma criança de 2 anos que não seja às vezes irritante, um menino de 5ª série que não seja ocasionalmente desatento, ou uma menina no ensino médio que não seja ansiosa. Rotular essas crianças como tendo um transtorno mental e tratá-las com medicamentos depende muito de quem elas são e das pressões que seus pais enfrentam.
Como as famílias de baixa renda estão passando por dificuldades econômicas crescentes, muitas descobriram que o pedido de renda de seguridade suplementar com base na invalidez mental é a única maneira de sobreviver. Segundo um estudo da Universidade Rutgers, descobriu-se que crianças de famílias de baixa renda têm quatro vezes mais probabilidade de receber medicamentos antipsicóticos do que crianças com plano de saúde privado.
Os livros de Irving Kirsch, Robert Whitaker e Daniel Carlat são acusações enérgicas ao modo como a psiquiatria é praticada hoje em dia. Eles documentam o “frenesi” do diagnóstico, o uso excessivo de medicamentos com efeitos colaterais devastadores e os conflitos de interesse generalizados. Os críticos podem argumentar, como Nancy Andreasen o faz em seu artigo sobre a perda de tecido cerebral no tratamento antipsicótico de longo prazo, que os efeitos colaterais são o preço que se deve pagar para aliviar o sofrimento causado pela doença mental. Se soubéssemos que os benefícios das drogas psicoativas superam seus danos, isso seria um argumento forte, uma vez que não há dúvida de que muitas pessoas sofrem gravemente com doenças mentais. Mas como Kirsch, Whitaker e Carlat argumentam, essa expectativa pode estar errada.
o mínimo, precisamos parar de pensar que as drogas psicoativas são o melhor e, muitas vezes, o único tratamento para as doenças mentais. Tanto a psicoterapia como os exercícios físicos têm se mostrado tão eficazes quanto os medicamentos para a depressão, e seus efeitos são mais duradouros. Mas, infelizmente, não existe indústria que promova essas alternativas. Mais pesquisas são necessárias para estudar alternativas às drogas psicoativas.
Em particular, precisamos repensar o tratamento de crianças. Nesse ponto, o problema é muitas vezes uma família perturbada em circunstâncias conturbadas. Tratamentos voltados para essas condições ambientais – como auxílio individual para pais ou centros pós-escola para as crianças – devem ser estudados e comparados com o tratamento farmacológico.
No longo prazo, essas alternativas seriam provavelmente mais baratas. Nossa confiança nas drogas psicoativas, receitadas para todos os descontentes com a vida, tende a excluir as outras opções. Em vista dos riscos, e da eficácia questionável dos medicamentos em longo prazo, precisamos fazer melhor do que isso. Acima de tudo, devemos lembrar o consagrado ditado médico: em primeiro lugar, não causar dano (primum non nocere).
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