segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Eu,eu mesmo,quem me dera ao menos uma vez ÍNDIOS DO BRASIL WORLDPOWER!!!!!!!!!!



Os índios Guarani-Kaiowás e o agronegócio


5 de novembro de 2012
Em reportagem dessa semana, a revista Veja defende o despejo dos índios Guarani-Kaiowás de suas terras e afirma sutilmente que não há mais espaço para os índios no País.

No início, a reportagem afirma que na crise em torno das terras dos índios “estão envolvidos interesses da Funai, de antropólogos e de Ongs. Ninguém se preocupa com o bem–estar dos próprios índios”. Os índios estariam sendo manipulados, seus interesses não seriam as terras onde vivem, mas interesses escusos de antropólogos e da Funai.


Em um misto de cinismo e muita manipulação, Veja tenta passar a tese de que os índios não sabem o querem. Seus interesses não seriam seus verdadeiros interesses, mas de outros. Fica a dúvida: se os índios não querem, na realidade, suas terras, estão lutando pelo quê? E quais seriam os tais interesses escusos dos antropólogos e da Funai para manipular os índios a lutar pelas terras? A revista não explica.


Em seguida, Veja dá sua solução para o problema do bem-estar dos índios: o fim das áreas indígenas demarcadas. De suposta grande defensora do bem-estar indígena, Veja se revela como defensora do fim dos índios, das suas comunidades e das suas terras, um exemplo de como age a própria direita brasileira.


Em São Paulo, a ação do PSDB na “Cracolândia” também era para o bem-estar dos dependentes químicos, afirmava a prefeitura. Quando, na verdade, todo mundo sabe que a prefeitura está loteando o centro da cidade para a especulação imobiliária. No Rio de Janeiro, o “combate ao tráfico” revelou-se a maior operação de especulação imobiliária da história nacional.


Veja explica que todos devem ser contra a demarcação das terras indígenas, porque estas pioraram a vida dos índios, nenhuma terra deveria ter sido entregue aos índios.


“Salvo raras exceções, a demarcação das reservas não melhorou em nada a vida dos índios. Em alguns casos, o resultado foi até pior. No município de coronel Sapucaí, há uma reserva onde os Caiovás dispõem de conforto como escolas e postos de saúde, mas não tem emprego, futuro nem esperança. Ficam entregues à dependência da Funai e do Cimi, sem a  menor chance de sobrepujar sua trágica situação de silvícolas em um mundo tecnológico e industrial”. 


A revista se utiliza do fato de que os índios estão jogados à própria sorte, sem qualquer apoio estatal efetivo, para defender que a demarcação das terras indígenas foi ruim para os próprios índios.


Se nas reservas, os índios estão abandonados, fora de suas terras como ficarão? Veja não se importa, o objetivo mesmo é defender os latifundiários com os argumentos possíveis e o melhor argumento encontrado é tentar provar a esdrúxula tese de que para o bem dos índios o melhor é que os latifundiários tomem suas terras.


Subentende-se ainda da afirmação acima que os índios não deveriam ter tido suas terras demarcadas, uma vez que o mundo industrial já não é mais seu lugar. 


A revista mostra ainda que a reserva pleiteada pelos índios é localizada no Sul do estado em uma área que é responsável por 60% da soja do estado, que rende 5 bilhões de reais aos grandes latifundiários.


Agora foram expostos os verdadeiros interesses, esses sim escusos, dos defensores do despejo dos índios: os cinco bilhões de reais que as terras dão aos latifundiários.

Fica claro que toda a história triste de Veja era para defender o lucro de um punhado de grandes proprietários de terras.
O motivo real  de defender o despejo dos índios segue a seguir: “Em sua concepção religiosa do mundo, os religiosos do Cimi alimentam a cabeça dos índios da região com a ideia de que o objetivo deles é unir-se contra os brancos em uma grande nação-guarani. Ocorre que o território dessa nação coincide com a zona  mais produtiva do agronegócio em Mato Grosso do Sul”.

Pelo bem do agronegócio, os índios devem ser extintos do País; essa é a mensagem da revista, porta-voz da direita da burguesia pró-imperialista.


Ao final, no entanto, Veja ainda tenta provar que a luta dos índios é fruto da manipulação de seus próprias entidades, da Funai e de Ongs:  “Enquanto os índios tiverem a vida manipulada pelos medievalistas do Cimi, pelos ideólogos da Funai e pelas Ongs, seu destino será de sofrimento e penúria”.


O sofrimento dos índios é o que VejaVejadefende, com o despejo de suas terras em favor de um punhado de grandes proprietários de terra.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

CUFA Taça das Favelas define os grupos

Taça das Favelas define os grupos:

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