quarta-feira, 12 de novembro de 2014

FENAM: O que há por traz da legalização das drogas?


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O que há por traz da legalização das drogas?

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Foto: André Gobo 

06/11/2014

A discussão a respeito da liberação das drogas tem mobilizado diversos grupos sociais, favoráveis e contrários, e produz todos os tipos de posições e argumentos. O tema também é tratado no Congresso Nacional. Entre as drogas, a maconha é a que encontra mais vozes que defendem seu uso recreativo, industrial e medicinal.

Um Projeto de Lei de Iniciativa Popular forçou o Senado a discutir o tema, e pela primeira vez as Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa abriram, em outubro, espaço para que os atores contrários à liberação da maconha no Brasil participassem do debate.

Em pronunciamento na Comissão o psiquiatra Marcos Zaleski abordou a falta de recursos públicos destinados ao tratamento de pessoas em recuperação de dependência química de drogas lícitas e ilícitas. O psiquiatra lembrou ainda que usuários crônicos de maconha têm suas capacidades mentais afetadas além de consequências como a exalação de cheiro da droga. “Assim como um fumante crônico exala o cheiro do cigarro, o usuário da maconha também exala o cheiro da erva”, afirmou Zaleski.

Segundo dados do IILENAD existem no Brasil cerca de 3 milhões de consumidores de maconha, desses, meio milhão são adolescentes, sendo que 70% dos usuários de cocaína usam também a maconha.

Em outubro, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) promoveu um amplo debate sobre a legalização das drogas, durante o 32º Congresso de Psiquiatria, o maior da América Latina.  No encontro, o presidente da ABP, Antônio Geraldo, convidou os congressistas a votarem sobre diversas questões, entre elas: você é favor da legalização da maconha? A primeira resposta da plateia foi: 37% sendo a favor. Durante o debate, os convidados apresentaram argumentos prós e contras a legalização da maconha e a plateia participava de maneira interativa votando a cada bloco. Ao final do simpósio foi feito um comparativo entre o resultado da primeira pesquisa, e depois das palestras. No final do debate apenas 15% continuavam a favor da legalização.

“É importante que quando nós, médicos, dizemos que não é bacana legalizar a maconha é porque se legalizar, muitas pessoas vão ter acesso à droga e adoecer . Ter acesso a droga fará aumentar o número de pessoas que padecem de doença mental. Se eu defender que pessoas padeçam de doença mental isso seria contrário a minha formação. Nós devemos restringir, cada vez mais, o uso do álcool, do tabaco e não legalizar a maconha. Se houver a legalização, será uma grande perda para a saúde pública brasileira e um retrocesso ao país”, defendeu o presidente da ABP, Antônio Geraldo.

Para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) a droga é um grande problema no Brasil e que precisa ser enfrentado, começando pelo álcool.  “Existes dois problemas: um  é aquele que é consequência do consumo da maconha e há divergências sobre a gravidade do efeito; o outro é a consequência da proibição que faz com que jovens fiquem presos e saem de lá completamente loucos porque foram pegos com pequena quantidade. Ainda não encontrei respostas para a conveniência ou não da legalização”, disse o senador.

De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Geraldo Ferreira,  o governo não aceita a opinião dos profissionais de psiquiatria na formulação de políticas. “Há um entendimento na psiquiatria de que o uso de drogas pode acelerar os processos de doenças mentais. Nós seguimos consoantes aos estudos realizados pela psiquiatria. Os psiquiatras é que estão balizados para opinarem melhor sobre o assunto. O problema é de saúde pública e não deve ser definido por sociólogos, jornalistas ou políticos. Tem que ser ouvidas especialistas médicos no assunto”, defendeu.

Fonte: André Gobo e Valéria Amaral 

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