Brasil ocupa 19ª posição no ranking mundial da obesidade masculina e 15ª, na feminina. Nauru lidera, seguido pelos Estados Unidos
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Em 2008, mais de um em cada 10 adultos no mundo era obeso, revela o estudo coordenado por Majid Ezzati, do Imperial College de Londres, e Salim Yusuf e Sonia Anand, do Instituto de Estudos da População/Saúde de Hamilton, Canadá, que examinaram a evolução do sobrepeso entre 1980 e 2008 nas pessoas acima de 20 anos.
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O excesso de peso é caracterizado por um índice de massa corporal (IMC, o parâmetro usado para medir a relação entre peso e altura) acima de 24 kg/m2. O Brasil registra IMC de 25,8 entre os homens e de 26 entre as mulheres.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um IMC de 30 significa obesidade e um índice acima de 30 é considerado obesidade severa. Em 28 anos, o IMC aumentou tanto entre homens quanto entre mulheres.
No planeta, 1,46 bilhão de adultos registram sobrepeso. A obesidade quase dobrou, afetando 205 milhões de homens e 297 milhões de mulheres, ou seja, 9,8% dos homens e 13,8% das mulheres.
"O sobrepeso e a obesidade, a hipertensão e o alto nível de colesterol não são patrimônio apenas dos países ricos, também afetam os países pobres e com renda média", destaca o professor Ezzati.
A pequena ilha de Nauru (Pacífico sul), com 14.000 habitantes, registrou em 2008 a maior média de IMC: 33,9 nos homens e 35 nas mulheres. A ilha já liderava em 1980 a classificação da obesidade no mundo, mas com níveis consideravelmente menores (homens 28,1 e mulheres 28,3).
Entre os países ricos, os Estados Unidos, que já tinham a população com maior taxa de obesidade em 1980, permanecem em primeiro lugar, com um IMC de 28,5, seguido por Nova Zelândia e Austrália entre as mulheres, e Grã-Bretanha e Austrália entre os homens. O Japão tem o menor IMC (22 para os homens e 24 para as mulheres) entre os ricos. As mulheres de Bangladesh registram o menor índice entre as mulheres, enquanto a República Democrática do Congo é a primeira entre os homens.
Caso único na Europa ocidental e raro no cenário mundial é o da Itália, onde o IMC das mulheres caiu nos últimos 28 anos. Na Bélgica, Finlândia e França, o índice de massa corporal das mulheres registrou leve alta.
As suíças são as mulheres mais magras da Europa, seguidas pelas francesas e italianas, enquanto os europeus mais magros são os franceses. O estudo recorda que o sobrepeso, que é produto da má alimentação e da falta de atividade física, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial e algumas formas de câncer. O problema seria a origem de três milhões de mortes por ano.
Os países mais afetados
A população da pequena ilha de Nauru, no Pacífico Sul, é a mais afetada pela obesidade, seguida pelos Estados Unidos, enquanto os homens da República Democrática do Congo são os mais magros e as mulheres mais delgadas se encontram em Bangladesh, estudo publicado na revista médica The Lancet.
A lista de países de acordo com a taxa média de IMC (índice de massa corporal, obtido através do cálculo entre a altura e o peso do indivíduo) é a seguinte:
HOMENS
- Nauru : 33,9
- Estados Unidos : 28,5
- Arábia Saudita : 27,9
- Austrália : 27,6
- Canadá : 27,5
- Espanha : 27,5
- Argentina : 27,5
- Reino Unido : 27,4
- México : 27,4
- Alemanha : 27,2
- África do Sul: 26,9
- Bélgica : 26,8
- Polônia : 26,7
- Egito : 26,7
- Itália : 26,5
- Suíça: 26,2
- Rússia: 26
- França: 25,9
- Brasil : 25,8
- Cuba: 25,1
- Argélia: 24,6
- Japão: 23,5
- Tailândia: 23
- Nigéria: 23
- China: 22,9
- Índia: 21
- Bangladesh: 20,4
- RDCongo: 19,9
MULHERES
- Nauru: 35
- Egito: 30,1
- Arábia Saudita: 29,6
- África do Sul: 29,5
- México: 28,7
- Estados Unidos: 28,3
- Argentina : 27,5
- Rússia: 27,2
- Austrália: 26,9
- Reino Unido: 26,9
- Canadá: 26,7
- Cuba: 26,6
- Espanha: 26,3
- Argélia: 26,4
- Brasil : 26
- Polônia: 25,9
- Alemanha: 25,7
- Bélgica: 25,1
- França: 24,8
- Itália: 24,8
- Tailândia: 24,4
- Suíça: 24,1
- Nigéria : 23,7
- China: 22,9
- Japão: 21,9
- RDCongo: 21,7
- Índia: 21,3
- Bangladesh: 20,5http://saude.ig.com.br/minhasaude/obesidade+praticamente+dobrou+no+mundo+em+30+anos/n1237981934118.html
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